O enfrentamento ao crime organizado no Rio de Janeiro é uma questão clara e já amplamente diagnosticada, inclusive pelo próprio secretário de Segurança Pública em audiência na Assembleia Legislativa. O estado enfrenta hoje uma defasagem superior a 20 mil policiais militares e cerca de 5 mil policiais civis. Apesar disso, Cláudio Castro está no poder há mais de cinco anos e o cenário apenas se agravou.
A gravidade do problema aumenta diante da percepção de que há um verdadeiro propósito de fazer com que as soluções não avancem. O primeiro ponto que precisa ser destacado é a situação da Secretaria de Fazenda, que mantém abertas cerca de 900 vagas de auditores fiscais. Sem arrecadação eficiente, falta dinheiro para tudo, inclusive para a contratação de policiais e para a manutenção adequada dos serviços públicos essenciais.
Atualmente, o Estado do Rio de Janeiro sobrevive de repasses da União Federal, criando um descompasso preocupante. O estado não paga integralmente o que deve, compromete o equilíbrio federativo e empurra a conta para o futuro. Essa conta, inevitavelmente, chegará. Nenhum calote termina bem.
Esse cenário parece ter origem em um núcleo conhecido. É na Firjan que governadores recém-eleitos tradicionalmente realizam reuniões estratégicas para definir nomes e rumos da administração. O Rio de Janeiro, na prática, já se encontra privatizado há muitos anos. O que falta é a população compreender essa realidade. Para entender o apoio constante de parte da mídia aos governos estaduais, basta seguir o rastro dos interesses econômicos envolvidos.
Grande parte dos empresários beneficiados sequer reside no estado. Muitos já se transferiram para os Estados Unidos, movimento intensificado após operações de combate à sonegação, como a chamada Carbono Oculto. Um exemplo emblemático é o atual dono da Refit, que vive em Miami. Esse fenômeno se repete com diversos nomes que deixam o país enquanto os prejuízos ficam.
Nos últimos dias, circularam nas redes sociais inúmeros vídeos mostrando criminosos praticando arrastões em plena luz do dia, no centro da cidade do Rio de Janeiro, assaltando motoristas nos sinais. A pergunta é inevitável. O estado não tem polícia para proteger o próprio centro da capital? Esses arrastões representam um grau elevado de ousadia do crime e evidenciam uma omissão deliberada do poder público, especialmente porque ocorrem a poucos metros do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
Todos sabem que o Rio precisa contratar policiais com urgência. No entanto, os governos optam por priorizar isenções fiscais e manter vagas de auditores fiscais desocupadas. Enquanto isso, os beneficiários dessas políticas muitas vezes nem vivem no Brasil. Recentemente, o governador afirmou que diversas empresas estariam se transferindo para o Rio de Janeiro. Basta caminhar pelo centro da cidade para constatar o oposto. A maioria das empresas está de portas fechadas há anos.
O Grupo de Combate à Sonegação de Impostos do Ministério Público do Rio de Janeiro já tratou desse tema em processo que tramita na 15ª Vara de Fazenda Pública. Segundo o MP, as próprias eleições no estado estão contaminadas desde 2007, fato reforçado pela delação do ex-governador Sérgio Cabral.
Enquanto isso, a população segue vivendo no Rio de Janeiro acreditando que ainda há alguma normalidade. O dinheiro até permanece no bolso de alguns, mas a paz já acabou há muito tempo. O direito de ir e vir está comprometido, e sair às ruas tornou-se um risco cotidiano.
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