A megaoperação Poço de Lobato colocou o empresário Ricardo Magro no centro das atenções ao atingir mais de 190 alvos em seis estados e no Distrito Federal. A ação envolve promotores, auditores da Receita Federal, equipes das secretarias de Fazenda e forças policiais e investiga um esquema estruturado de sonegação de impostos e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis.
O Grupo Refit, comandado por Magro e dono da antiga refinaria de Manguinhos, no Rio de Janeiro, é apontado pelos investigadores como um dos maiores devedores de ICMS do país. Levantamentos indicam um prejuízo superior a 26 bilhões de reais aos cofres estaduais e federais, valor acumulado ao longo de anos por meio de operações fiscais consideradas fraudulentas pelos órgãos de controle.
Segundo as autoridades, o grupo utilizava uma rede de empresas, holdings, offshores, fintechs e fundos de investimento para ocultar transações, reduzir artificialmente o pagamento de tributos e reinjetar recursos no mercado com aparência de legalidade. A Receita Federal identificou pelo menos 17 fundos administrados por braços financeiros ligados ao grupo, com patrimônio líquido de 8 bilhões de reais. A maioria é formada por fundos fechados com um único cotista, criando sucessivas camadas de blindagem.
Os investigadores afirmam que parte da movimentação financeira ultrapassou 70 bilhões de reais em um período de um ano, utilizando inclusive empresas no exterior para dificultar o rastreamento. A análise do Cira SP e da Receita indicou ainda coincidência de representantes legais entre offshores e fundos, estrutura que reforça a tese de ocultação deliberada.
Ricardo Magro já esteve no centro de outras investigações. O empresário foi preso em 2016 por participação em fraudes que teriam provocado prejuízo aos fundos de pensão Petros e Postalis. Ele figurou nos Panama Papers com múltiplas offshores e foi investigado por suposto esquema de corrupção envolvendo a ANP. Em outro momento, atuou como advogado do então deputado Eduardo Cunha.
Mesmo após operações anteriores, Magro negava irregularidades e afirmava enfrentar perseguição no setor. As novas apurações indicam, porém, que a estrutura envolvida no caso atual é mais ampla e sofisticada, reunindo dezenas de empresas e mecanismos financeiros.
A operação Poço de Lobato segue em andamento e as autoridades avaliam novos desdobramentos, incluindo possíveis bloqueios de bens, responsabilização de administradores e medidas de recuperação de ativos. O Ministério Público e a Receita Federal afirmam que a investigação expõe um dos maiores esquemas de sonegação já identificados no setor de combustíveis no Brasil.
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