Domingo, 29 de junho de 2025

Rio de Janeiro será sede da maior conferência global sobre oceanos em 2027

28/06/2025 às 17h10 Redação

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Escolha da Unesco reconhece políticas ambientais implantadas pelo Governo do Estado e marca protagonismo fluminense na implementação da Economia Azul como estratégia de desenvolvimento sustentável / Foto: Ascom

O Rio de Janeiro vai sediar a terceira Conferência da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, em 2027 – um reconhecimento internacional que dialoga com os esforços do Governo do Estado para transformar o território fluminense em uma metrópole azul. A escolha pelo Rio de Janeiro foi anunciada nesta sexta-feira (27/06), durante uma reunião da assembleia da Comissão Oceanográfica da Unesco, em Paris.

-Essa escolha da Unesco é motivo de grande orgulho para o povo fluminense e um reconhecimento do trabalho sério e comprometido que temos feito para proteger nossos mares, nossas baías e nossas futuras gerações. O Rio de Janeiro está cada vez mais preparado para liderar a transformação ambiental que o Brasil e o mundo precisam- declarou o governador Cláudio Castro.

Essa conquista está alinhada a uma série de ações e iniciativas estratégicas que vêm sendo conduzidas para impulsionar a economia do mar, consolidar o Rio como referência em sustentabilidade costeira e, principalmente, para avançar na despoluição da Baía de Guanabara – um dos principais símbolos ambientais, históricos e sociais do estado.

Mais de R$ 6 bilhões vindos da concessão do saneamento estão sendo investidos em projetos ambientais na Baía de Guanabara. Com isso, o Estado do Rio tem conseguido resgatar a qualidade da água de praias da Zona Sul, de Niterói e da Ilha de Paquetá, que voltaram a ser balneáveis, e trazer de volta a vida marinha para a Baía. Além disso, até 2046, R$ 25 bilhões serão os ganhos socioeconômicos com a redução da poluição.

Secretário estadual do Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi celebra a conquista e destaca que, ao investir na recuperação e no uso sustentável dos recursos hídricos, o Rio fortalece diversas atividades rumo ao desenvolvimento econômico, sustentável e social, como o turismo, a pesca, o mercado imobiliário, os esportes e o transporte.

-O Governo do Estado está sendo marcado pela Virada Azul. O Rio de Janeiro adotou a Economia Azul não como conceito abstrato, mas como uma política pública concreta e transversal. Mais do que olhar apenas para o oceano, estamos tratando a água como ativo estratégico para o desenvolvimento econômico, para a adaptação climática e para a prosperidade social. É uma visão que conecta pessoas, território e futuro - diz Rossi.

Resultados da parceria com a OCDE

Estudo inédito da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aponta que o estado é o primeiro território da América Latina a aplicar a sua metodologia para Cidades Azuis, e assim, se consolidar como uma potência global no setor. O estudo mapeou dinâmicas, identificou gargalos na governança da Baía de Guanabara e propôs recomendações estratégicas para equilibrar economia, meio ambiente e inclusão social.

Segundo a OCDE, universalizar o saneamento na Baía pode gerar um retorno de até R$ 25 bilhões em benefícios socioeconômicos até 2046. O entorno dela abriga mais de 13 milhões de pessoas, 75% da população do estado, mais de 1.100 favelas e 70% do PIB.

Vale destacar que o Rio ocupa uma posição estratégica para liderar o desenvolvimento da Economia Azul no país, aproveitando seu vasto litoral e a forte relação da população com o ambiente costeiro — cerca de 80% dos fluminenses vivem nessas regiões. Com potencial para gerar mais emprego e renda do que o próprio setor de petróleo, a Economia Azul já movimenta um ecossistema expressivo no estado, reunindo cerca de 80 mil empresas e empregando diretamente 400 mil trabalhadores.

Proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2017, a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável está sendo implementada entre os anos de 2021 e 2030. As conferências globais ocorrem a cada três anos. A primeira edição foi realizada em 2021, organizada pela Alemanha, e a segunda em 2024, pela Espanha. No Brasil, o evento reunirá representantes de governos, comunidade científica, sociedade civil, povos indígenas, comunidades costeiras e outros atores ligados à pauta oceânica.

Projetos estratégicos em curso

Além disso, uma série de programas estruturantes reforça o compromisso do Governo do Estado do Rio com a recuperação ambiental e o desenvolvimento sustentável da zona costeira. O Programa de Saneamento Ambiental (PSAM), por exemplo, está investindo cerca de R$ 953 milhões em ações como a elaboração e apoio aos planos municipais de saneamento, a digitalização de processos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), o monitoramento da qualidade dos corpos hídricos e obras de tratamento de esgoto.

Já o Programa Limpa Rio, com mais de R$ 400 milhões aplicados, promoveu a retirada de mais de 12 milhões de metros cúbicos de sedimentos em centenas de corpos hídricos de todos os 92 municípios do estado, atuando para prevenir inundações e fortalecer a gestão integrada dos recursos hídricos. Como reflexo direto da governança ambiental integrada, 17 ecobarreiras já foram reinstaladas em rios que deságuam na Baía de Guanabara, impedindo que 1.200 toneladas de resíduos por mês cheguem à Baía.

O estado também avança na inovação com o Programa BlueRio, que transforma o Rio no primeiro hub de tecnologia azul da América Latina, com chamada internacional para startups. A Plataforma Digital da Baía de Guanabara, por sua vez, permite monitorar em tempo real a qualidade da água, a saúde dos ecossistemas e os avanços na despoluição.

 

Fonte: Ascom

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