Terça-feira, 11 de novembro de 2025

André Esteves ataca Bolsa Família enquanto setor financeiro ignora renúncia de crédito

Enquanto ataca programa social, banco lucra com créditos perdoados

11/11/2025 às 00h12 11/11/2025 às 00h14 Redação Ururau

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Banqueiro quer cortar Bolsa Família enquanto setor financeiro ignora bilhões perdidos / Foto: Reprodução

O banqueiro André Esteves, fundador e presidente do conselho de administração do BTG Pactual, voltou a criticar o Bolsa Família, afirmando que o programa social teria crescido demais e estaria desproporcional em relação à economia do país. O comentário ignora que o Bolsa Família é hoje a principal política de combate à fome e à desigualdade, garantindo o mínimo de dignidade a milhões de brasileiros.

Enquanto Esteves defende cortes e ajustes fiscais, o setor financeiro que ele representa continua obtendo ganhos milionários às custas do Estado. O Tribunal de Contas da União apontou que a Caixa Econômica Federal deixou de cobrar créditos do Porto do Açu sem justificativa, em decisão que beneficiou empresas ligadas a Eike Batista. A mesma banca de advogados que atuou no TCU também participou do processo que anulou a condenação de uma prefeita de São João da Barra, demonstrando conexões suspeitas entre política e setor financeiro.

Ao pressionar pelo corte de programas sociais essenciais, banqueiros como Esteves ignoram renúncias de bilhões que poderiam fortalecer políticas públicas. O próprio Banco Central é citado por Esteves como uma instituição previsível, quase mecânica, enquanto a fome no país é tratada apenas como estatística. O contraste evidencia que a preocupação de parte do setor financeiro com a economia muitas vezes não inclui os milhões de brasileiros que dependem do Bolsa Família para sobreviver.

O programa social, que garante alimento, educação e dignidade, continua sendo atacado por quem lucra com juros altos e renúncias de crédito milionárias. O verdadeiro debate deveria envolver a prioridade do Estado em proteger sua população em vez de favorecer bancos e empresários.

Fonte: Redação

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