Em qualquer democracia madura, força política se constrói com debate público, disputa eleitoral equilibrada e respeito às regras do jogo. Mas no Brasil atual cresce a sensação, especialmente entre setores da direita, de que a construção de uma candidatura forte passa menos pela capacidade de convencer o eleitor e mais pela capacidade de sobreviver institucionalmente.
É impossível ignorar a figura do ministro Alexandre de Moraes, hoje central no tabuleiro político. Suas decisões, sempre amparadas por fundamentação jurídica, têm atingido com especial frequência nomes vinculados ao espectro político da direita. Não é sobre a legalidade, que cabe ao próprio STF definir. É sobre a percepção pública. A impressão de seletividade virou combustível para debates acalorados e para a narrativa de que o sistema funciona de maneira desigual.
E aqui nasce o risco. Quando parte relevante do eleitorado entende que uma candidatura só se torna “forte” se não tiver concorrência, ou seja, quando adversários são neutralizados antes mesmo do voto, estamos diante de um desgaste institucional profundo. Para muitos analistas, é como se a luta política tivesse deixado as ruas e entrado definitivamente nos tribunais.
A direita, por sua vez, vê seus quadros sendo atingidos por operações, inquéritos e decisões judiciais que, embora respaldadas juridicamente, produzem efeitos políticos diretos e incontornáveis. O discurso é simples: como disputar o poder se o ambiente não oferece igualdade na largada? Como competir se o campo parece inclinado para um lado só?
Esse sentimento gera um ambiente explosivo: candidatos buscando se defender mais do sistema do que dos adversários, partidos gastando mais energia com advogados do que com propostas e um eleitorado descrente do próprio valor do voto. Não se trata de dizer que os atingidos são inocentes ou culpados, pois isso cabe ao Judiciário. Trata-se de reconhecer que a assimetria percebida pelos eleitores existe e impacta diretamente a legitimidade do processo democrático.
O fato é que democracia não pode funcionar como um tabuleiro onde peças são removidas antes do jogo começar. Quando a política vira um campo minado e a lisura do processo passa a ser questionada por metade do país, todos perdem, inclusive as instituições que deveriam servir de baliza à própria democracia.
O Brasil não precisa de candidaturas fortes porque não têm concorrência. O País precisa de concorrência forte para que qualquer candidatura, de direita, de esquerda ou de centro, se sustente por mérito e não pela eliminação prévia do adversário.
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