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11/12/2024 às 11h57 
11/12/2024 às 12h00
Raysa Terra
Na manhã desta quarta-feira (11), a delegada titular da 134ª Delegacia de Polícia de Campos dos Goytacazes, Carla Tavares, concedeu uma coletiva de imprensa onde falou sobre a Operação Veritas Custódia, que resultou na prisão de cinco pessoas, entre elas dois advogados e três empresários, sendo um deles Rogério Matos Lopes, vulgo " Xerife".
A operação foi desencadeada para apurar e combater práticas de tortura e coação no curso do processo judicial relacionado ao assassinato do empresário Renato Maciel, no dia 21 de dezembro de 2023.
De acordo com a delegada uma testemunha teria se apresentado ao Ministério Público, alegando ter sido coagida a alterar sua versão dos fatos, por meio de ameaças e tortura psicológica. A vítima relatou que, em uma das vezes chegou a ser intimidada com sob a mira de uma arma de fogo, teve sua família ameaçada e foi levada pelos advogados até um cartório da cidade para assinar uma nova declaração que modificaria completamente seu depoimento inicial, sob ameaça de prejuízos à sua família e garantia de que nada aconteceria com ela caso concordasse em alterar sua declaração.
A testemunha também apresentou mensagens de texto como prova das ameaças, reforçando o envolvimento dos advogados e de familiares de Rogério Lopes no esquema de coação.
Em decorrência das denúncias, a polícia expediu mandados de prisão e busca e apreensão contra todos os envolvidos no caso. Até o momento, dois advogados foram localizados e presos, assim como três familiares de Rogério Lopes, que estavam em uma residência e foram conduzidos à delegacia. Um dos advogados ainda não foi encontrado e é considerado foragido, assim como o amigo da família de Rogério, que também está sendo procurado. A operação continua em andamento para localizar o restante dos envolvidos.
Além disso, um novo mandado de prisão foi expedido contra Rogério Lopes, que atualmente se encontra preso. A polícia aguarda o cumprimento das diligências do presídio e busca apreender o celular utilizado por Lopes para fazer ameaças à vítima por meio de vídeo chamadas.
A operação também resultou na apreensão de várias armas na residência de Rogério Lopes. A delegada Carla Tavares afirmou que, até o momento, não foi possível acessar a documentação das armas encontradas, mas a investigação continua para confirmar a legalidade do armamento e sua possível relação com os crimes.
Todos os mandados expedidos são de prisão temporária, permitindo à polícia apurar detalhadamente as denúncias e concluir o inquérito.
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