Domingo, 02 de novembro de 2025

Caso Vitória: Justiça decide que acusado de matar adolescente vai a júri popular

01/11/2025 às 19h56 Redação

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O caso foi no final de fevereiro, e o suspeito foi preso em 8 de março. Desde então, está à disposição das autoridades. A pena pode atingir 50 anos. / Foto: Reprodução

A Justiça de São Paulo decidiu levar a júri popular Maicol Sales dos Santos, acusado de ter matado Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, em Cajamar, na Grande São Paulo. A data ainda não foi definida.

Vitória desapareceu em fevereiro deste ano, depois de sair do trabalho. Após uma semana de buscas, o corpo da vítima foi encontrado em uma área de mata.

Segundo a investigação, teria tido um relacionamento com a jovem e teria matado a jovem por medo medo de ela revelar o caso para a esposa.

De acordo com a Polícia Civil, havia vestígios de sangue da vítima no carro e na casa de Maicol. A polícia também afirma que Maicol confessou o crime. A defesa do acusado, no entanto, nega o assassinato.

Relembre o caso

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou Maicol em 29 de abril por sequestro, feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual.

A Promotoria ainda pediu a conversão da prisão temporária para preventiva, sem prazo para sair. Em caso de condenação na Justiça, Maicol pode receber uma pena de 50 anos de prisão.

Para o promotor Jandir Moura Torres Neto, ele matou sozinho a adolescente de 17 anos em 27 de fevereiro em Cajamar, na Grande São Paulo. O promotor também determinou que a Polícia Civil abra um novo inquérito para investigar se ele teve ajuda de alguém para ocultar o corpo.

A perícia da Polícia Técnico-Científica encontrou material genético de um homem ainda não identificado dentro do carro de Maicol. A delegacia da cidade vai apurar se essa pessoa participou do crime.

“Apenas em relação à ocultação de cadáver, foi pedida abertura de um novo inquérito para saber se Maicol teve a ajuda de alguém para esconder o corpo de Vitória”, disse Torres Neto.

Vitória foi morta depois de sair do shopping onde trabalhava em Cajamar, em 26 de fevereiro. Ela foi abordada pelo acusado após descer no ponto a caminho de casa, segundo a investigação.

O corpo foi encontrado em 5 de março. Estava nu, com cortes de faca pelo corpo, numa área de mata fechada na região. Segundo a acusação, Maicol cometeu o crime após abordar a vítima com seu carro e discutir com ela (saiba mais abaixo).

Maicol foi denunciado pelos seguintes crimes:

Sequestro qualificado: por ter supostamente matado uma pessoa com menos de 18 anos para fins libidinosos;

Feminicídio qualificado: por ter supostamente matado a garota por desprezo por ela ser do sexo feminino, e ter dificultado a defesa da vítima pelo meio cruel (para ocultar um crime anterior, que foi o sequestro) e motivo fútil;

Ocultação de cadáver: por ter supostamente escondido o corpo de Vitória na mata;

Fraude processual: por três vezes porque limpou o carro em que levou o corpo da vítima, bem como usou produtos de limpeza na casa para eliminar vestígios de Vitória e apagou todos os dados do celular dele.

“É chocante você ver uma pessoa morrer pelo simples fato de ser mulher”, disse o promotor.

Como foi o crime

Maicol, morador do mesmo bairro da vítima, está preso pela Polícia Civil desde 8 de março.

Ele chegou a confessar o crime num vídeo gravado na delegacia pelos policiais. Maicol alegou ter matado Vitória sozinho. Contou que teve um relacionamento com ela há cerca de um ano. Mas a moça, segundo ele, ameaçava contar a sua esposa que o vizinho tinha sido infiel e traído-a com a adolescente.

A defesa de Maicol alega que não estava presente quando ele foi interrogado. Mas, segundo a SSP, o depoimento foi legal porque policiais chamaram uma advogada, que não defendia o preso, para acompanhar a confissão.

Defesa alega inocência

s endereços ligados a ela. A polícia não informou se a mulher tinha autorização judicial para viajar a outro estado ou se é considerada foragida por descumprir as condições impostas no regime semiaberto.

Os advogados de Maicol, no entanto, gravaram depois um áudio no qual o preso acusa policiais de tê-lo ameaçado e coagido a confessar que matou Vitória (confira acima). Sua defesa analisa a possibilidade de usar o áudio para pedir à Justiça a anulação da confissão.

De acordo com os advogados, seu cliente é inocente e não assassinou a vítima. Por esse motivo, a defesa informou à imprensa que Maicol não irá comparecer a reconstituição.

Na semana passada, laudos periciais do Instituto Médico Legal (IML) concluíram, a partir de exames de DNA, que o sangue encontrado no carro e na casa de Maicol era mesmo de Vitória. Quando confessou o crime, o suspeito havia dito que tinha dado carona para a vítima. E que a esfaqueou após uma discussão na qual, segundo ele, ela o agrediu. Os cortes foram no rosto, pescoço e tórax.

Fonte: G1

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