Terça-feira, 24 de junho de 2025

Defesa da suspeita de matar namorado envenenado diz que ela vai se entregar

05/06/2024 às 06h04 Redação

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Júlia Andrade Carthemol é suspeita de dar o doce envenenado para o empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond / Foto: Reprodução TV Globo

A advogada de defesa de Júlia Andrade Carthemol, suspeita de envenenar e matar o empresário e namorado Luiz Marcelo Antônio Ormond, afirmou que ela vai se entregar.

Segundo a Polícia Civil, Hortência Menezes oficiou o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o titular da 25ª DP (Engenho Novo) e a 4ª Vara Criminal, que expediu o mandado de prisão, informando que a cliente dela se entregaria nas próximas horas, ainda nesta terça-feira (4).

Hortência chegou à 25 DP por volta das 20h, sem a cliente. Depois ela conversou com policiais sobre detalhes da entrega de Julia e disse para a polícia que ela não vai se entregar mais na noite desta terça, e sim na quarta-feira.

A mãe e o padrasto de Júlia chegaram à 25ª DP para depor pouco depois das 19h. Carla Cathermol e Marino Leandro são ouvidos em salas separadas.

Eles eram esperados às 15h, mas, como não compareceram voluntariamente, foram conduzidos por agentes, de Maricá, onde moram, até a delegacia no Rio. Os dois chegaram em uma viatura da polícia.

O corpo de Luiz foi encontrado por bombeiros no dia 20 de maio, em avançado estado de decomposição, no apartamento onde morava no Engenho Novo, na Zona Norte. O cheiro chamou a atenção de vizinhos, que acionaram o socorro.

Para a polícia, Júlia, namorada de Luiz, é a principal suspeita de cometer o crime para ficar com os bens da vítima. Os dois viviam juntos há um mês. Júlia está foragida. A polícia acredita que ela tenha recebido ajuda para se esconder na Região dos Lagos.

"A motivação é econômica. Nós temos elementos que a Júlia estava em processo de formalização de uma união estável com a vítima. Mas, em determinado momento, o que nos parece, é que a vítima desistiu da formalização da união", disse o delegado Marcos Buss, titular da 25ª DP.

"Isso até robustece a hipótese de homicídio e não de um latrocínio, puro e simples, porque o plano inicial me parecia ser realmente eliminar a vítima depois que essa união estável estivesse formalizada", analisou o delegado.

Nesta segunda (3), um funcionário de uma farmácia afirmou em depoimento à polícia que Júlia apresentou uma receita médica para comprar o remédio Dimorf, um medicamento à base de morfina.

A suspeita é que o medicamento, comprado no dia 6 de maio, tenha sido usado no brigadeirão que o empresário comeu. A polícia suspeita que Luiz tenha morrido no dia 17, três dias antes de o corpo ter sido achado.

No depoimento, o funcionário afirmou que viu Júlia sair de um carro alto, prata, pelo banco do carona, antes da compra. Os representantes da farmácia apresentaram um documento interno que comprova a compra de R$ 158 pelo medicamento. Eles prometeram levar a receita à delegacia em uma próxima oportunidade.

Um homem que se dizia o atual namorado de Júlia também foi ouvido. Ele entrou rapidamente no local e não quis falar com a imprensa.

A Polícia Civil também pediu medidas cautelares para detectar as movimentações financeiras de Júlia.

A polícia destaca que alguns bens de Luiz Marcelo já foram recuperados. "Já recuperamos alguns bens da vítima, o automóvel da vítima, devo me preocupar com a localização dessas armas, que podem ou não estar na posse da Júlia", destacou o delegado.

Presa suspeita de participação no crime

Para a polícia, Suyany Breschak, mulher que se apresenta como cigana e que está presa, já sabia do planejamento do crime antes da morte do empresário, e teria se beneficiado posteriormente.

"Há elementos que indicam que a Suyany foi a destinatária de todos os bens do empresário após a morte dele", afirmou o delegado.

Em depoimento, Suyany disse que Júlia possuía uma dívida com ela de R$ 600 mil.

Ex de Suyany é ouvido

Também foi ouvido, nesta segunda (3), Orlando Neto, que também se identifica como cigano e é ex-marido de Suyany. Orlando alega que ela teria tentado sequestrá-lo e ameaçado envenenar seus dois filhos.

Suyany foi presa temporariamente e é considerada suspeita de ser mentora intelectual da morte de Luiz Marcelo.

Orlando disse ainda que recebeu um áudio e prints que davam conta que Suyany estaria vendendo o carro de Luiz Marcelo, além das armas que também estavam no veículo.

A defesa de Suyany nega e diz que Orlando "sempre teve problemas pessoais, inclusive com a questão de pagamento de pensão alimentícia". Ele fala que não há pendências.

Etevaldo Tedeschi, advogado de Suyany, diz que a cliente não teve qualquer participação na morte de Luiz Marcelo.

Ele afirmou que Suyany recebeu o carro como um presente de Júlia, para pagar uma consulta espiritual. O advogado também disse que não ouviu a vítima falar sobre uma dívida de R$ 600 mil de Júlia com ela.

“O objetivo era fazer um trabalho espiritual, e esse trabalho espiritual era para que a Júlia pudesse encontrar o amor da vida dela. E me parece que a vítima era bastante generosa. Penso que o interesse da Suyany era que o relacionamento desse certo e fosse longo e duradouro”, disse.

Fonte: G1

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