Sexta-feira, 04 de julho de 2025

Ex-porta-voz da PM, Ivan Blaz vira réu por invasão de domicílio

Caso ocorreu em janeiro, quando o tenente-coronel entrou em edifício na Avenida Rui Barbosa sob justificativa de prender o traficante Peixão, chefe do TCP

04/07/2025 às 09h58 Igor Azeredo

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Caso ocorreu em janeiro, quando o tenente-coronel entrou em edifício na Avenida Rui Barbosa sob justificativa de prender o traficante Peixão, chefe do TCP / Foto: Agência O Globo / Lucas Tavares

O tenente-coronel da Polícia Militar Ivan Souza Blaz, ex-porta-voz da corporação, virou réu na Justiça por entrar sem autorização judicial num prédio residencial na Avenida Rui Barbosa, no Flamengo, Zona Sul, em janeiro deste ano. Auditoria da Justiça Militar aceitou, nesta terça-feira, denúncia do Grupo de Atuação Especial em Segurança Pública (Gaesp), do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por constrangimento ilegal e invasão de domicílio. O MPRJ requereu ainda a suspensão da função pública de Blaz.

De acordo com a investigação, Blaz coordenou uma operação de inteligência após receber denúncia anônima de que o narcotraficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, estaria visitando o pai em um apartamento no edifício. Na ocasião, Blaz era comandante do 2º BPM (Botafogo) e, mesmo sem mandado judicial ou indícios concretos de crime em flagrante, autorizou a operação e o ingresso forçado de policiais militares no imóvel, destaca o MPRJ.

O próprio comandante foi ao local, acompanhado de uma sargento, com quem simulou ser um casal, para tentar entrar no edifício, sem sucesso. Sem se identificar formalmente como policial e portando uma lata de cerveja, Blaz teve sua entrada negada pelo porteiro do prédio. Ainda assim, descreve a denúncia, permaneceu nas imediações aguardando oportunidade para ingressar no local. Aproveitando-se da movimentação na garagem, forçou a entrada junto com os demais militares mobilizados.

Segundo os promotores de Justiça do Gaesp, já no interior do prédio, o denunciado sacou sua arma e constrangeu o porteiro a deitar-se no chão, obrigando-o em seguida a acompanhá-lo em diligência por todos os andares. Blaz também determinou que dois moradores entregassem seus celulares e permanecessem sentados na portaria, sob vigilância da sargento que o acompanhava.

O tenente-coronel disse que não foi intimado e que não conhece o teor da denúncia. A PM informa que ainda não foi notificada sobre a decisão da Justiça.

Fonte: Extra

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