Quarta-feira, 09 de julho de 2025

'Foi um livramento meu filho não ter comido', diz mãe de menino que recusou doce evenenado

Polícia Civil aguarda resultado do exame toxicológico que irá identificar substância encontrada no corpo de menino de 6 anos morto com sinais de envenenamento

02/10/2024 às 13h01 Raysa Terra

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Polícia Civil aguarda resultado do exame toxicológico que irá identificar substância encontrada no corpo de menino de 6 anos morto com sinais de envenenamento / Foto: Reprodução

Em depoimento à polícia, uma criança de 12 anos contou que recusou o bombom oferecido por uma mulher enquanto ele e o primo brincavam na rua. Segundo o depoimento do menino, a mulher teria passado de motocicleta e oferecido o doce às crianças. O menino é primo de Ythallo Raphael Tobias Rosa, de 6 anos, que morreu após ingerir o doce. Além dele, Benjamin Rodrigues Ribeiro, de 7 anos, também ingeriu o bombom.

 Ele está internado em estado grave no Hospital municipal Miguel Couto. Para a polícia, a mulher é a principal suspeita. O caso aconteceu na comunidade da Primavera, em Cavancanti, na Zona Norte do Rio. polícia investiga se os meninos estiveram juntos em algum momento e se comeram algum tipo de alimento. Os dois são alunos de uma mesma escola municipal, localizada na Zona Norte do Rio.

— Foi um livramento o meu filho não ter comigo o chocolate. Ele já sabe da morte do primo. Nem conseguiu dormir direito — disse, a mãe do menino, que foi ouvido na 44ª DP (Inhaúma), na tarde desta terça-feira.

O menino mais velho foi o primeiro a ser abordado pela mulher, por volta das 17 horas. A criança de 12 anos contou que a suspeita estava em uma motocicleta, usava luvas e capacete. E que o doce oferecido a ele primeiro estava em uma embalagem plástica transparente. O menino não aceitou, mas o primo (Ythallo), que estava ao lado dele, sim. Ythallo tirou um pedaço e trocou com o amigo Benjamim por um pouco se açaí. Em seguida, também comeu a outra parte do chocolate.

A mãe de Ythallo, Monique Tobias, disse que o filho estava brincando na rua e soube que uma mulher teria oferecido um doce para ele.

— Ele estava na rua brincando com o primo. Uma mulher passou, ofereceu um doce para o primo, que não aceitou. Ele (Ythallo), como era pequeno, aceitou o doce, comeu um pedaço, andou mais um pouquinho para frente e ofereceu para o amiguinho dele, que está em estado grave — relata a mãe. — É uma crueldade. Covardia é pouco. Não tenho nem o que falar. O Ythallo era brincalhão, sorridente, conhecido pela comunidade toda, amado por todo mundo. Ele brincava de tudo — disse Monique.

Já a avó de Benjamin disse que o menino apresentou os sintomas na volta da escola.

— Ele chegou da escola, por volta das 17h. Estava babando um pouco. Levamos para o hospital e ele foi ficando roxo — disse Sandra Regina Ribeiro, de 53 anos. A mãe do menino estava na porta do hospital Miguel Couto, na Zona Sul do Rio, com o padrasto. Abalada, ela não quis falar com a imprensa.

A Polícia Civil informou que foram encontrados grãos de cor amarronzada nos resíduos gástricos do menino Ythallo. Segundo o delegado Marcus Henrique Alves, da 44ª DP (Inhaúma), o material foi recolhido durante o exame cadavérico, feito no Instituto Médico-Legal (IML), e será submetido a um exame toxicológico para identificar a substância.


Em nota, a Secretaria Municipal de Educação explicou que "a desinsetização é feita periodicamente, a cada três meses, pela Comlurb, com material específico para roedores, sem usar chumbinho". Além disso, pontuaram que o aluno Ythallo Rosa não compareceu à escola na segunda-feira, nem na sexta-feira passada, sendo visto ontem (dia 30), depois da saída da escola, andando de bicicleta na rua. O aluno Benjamim frequentou normalmente as aulas, saindo ao final do turno, às 17h30.

Já a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que os dois meninos entraram na UPA de Del Castilho em estado grave. Ythallo Raphael chegou à unidade em parada cardiorrespiratória e morreu apesar das manobras de reanimação. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal.

Fonte: Extra

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