O padrasto de uma menina de 4 anos foi preso temporariamente na noite desta sexta-feira, em Paciência, na Zona Oeste do Rio, por suspeita de submeter a enteada a sessões prolongadas de tortura. A criança foi levada às pressas ao Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG), na UFRJ, com quadro gravíssimo de perfuração intestinal, fratura no braço e sepse abdominal. Segundo os médicos, a menina chegou ao hospital à beira da morte, após sofrer quatro paradas cardíacas e apresentar vômitos de cor esverdeada, além de múltiplos hematomas por todo o corpo. O caso é investigado pela 37ª DP (Ilha do Governador).
Outras mães que estavam no Hospital Pediátrico acionaram a polícia ao se depararem com o estado da vítima ao dar entrada na unidade de saúde. A mãe da menina precisou ser protegida, evitando um linchamento pela demais genitoras presentes. Na delegacia, a responsável negou qualquer tipo de agressão à criança por parte dela e de seu companheiro.
A polícia analisou mensagens de celular trocadas entre a mãe da menina e seu companheiro. Em uma delas, ele chegou a afirmar: “Ela é forte porque estou moldando ela na dor. Fica fraco quando é só amor.” A frase causou indignação entre os investigadores, que classificaram o conteúdo como “evidente prática de tortura”.
A Polícia Civil descobriu ainda que a criança era frequentemente trancada sozinha em banheiros escuros. As agressões, segundo as investigações, eram constantes e sempre camufladas por desculpas como “quedas” ou “acidentes”.
A polícia investiga ainda se as irmãs da vítima, também menores de idade, que moram no mesmo imóvel, podem ter sido vítimas do agressor. A mãe da criança chegou a dizer, em depoimento, que temia morrer caso o denunciasse. Ele já possuía duas anotações criminais: uma por violência doméstica e outra por importunação sexual, inclusive com relato de que ele ficou nu na frente de uma criança de 12 anos em contexto familiar.
O Delegado da 37ª DP (Ilha do Governador), vem conduzindo as investigações com prioridade máxima. Segundo ele, o caso não é apenas de violência doméstica, mas de tortura sistemática e dissimulada, com sinais de perversidade incomuns até entre crimes similares.
— Estamos diante de um verdadeiro carrasco. A frieza das mensagens, o padrão de agressões e a omissão deliberada de socorro mostram um cenário de terror que vinha se arrastando há meses — afirmou Felipe Santoro, delegado responsável pelas investigações.
Conversas extraídas dos celulares revelam ainda outras agressões. A mãe confronta o companheiro: “Eu vi você dando uma joelhada nela só porque ela não queria comer.” Ele retruca com palavrões e negação violenta. A menina também já havia sofrido fratura no braço, que o casal tentou justificar como “queda da cama”. Em outro ponto da conversa, a mãe da criança descreve os sintomas da menina, em seguida diz: “...não posso levar ela na UPA pra não dá merd*”.
A prisão temporária foi decretada com base nos indícios de autoria, na gravidade dos crimes e no risco de fuga do suspeito ou represália às testemunhas. O delegado Santoro ainda ressaltou a importância da denúncia e do registro de ocorrências em casos de suspeita de abuso e maus tratos.
— Mesmo que pareça tarde, ainda assim é fundamental. Só assim conseguimos agir a tempo e impedir que monstros como esse sigam destruindo vidas. O silêncio protege o agressor e condena a vítima — alerta o delegado.
No momento da prisão, o suspeito não ofereceu qualquer tipo de resistência e negou ter agredido a criança. Ele vai responder pelo crime de tortura, um delito hediondo. Segundo o delegado, o caso pode evoluir para tentativa homicídio qualificado.
As investigações e novas diligências estão em andamento, incluindo oitiva das testemunhas e análise do conteúdo extraído de aparelho eletrônico apreendido com o suspeito.
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