Segunda-feira, 30 de junho de 2025

Operação Abbraccio: Polícia mira investigados por estupros virtuais, torturas e racismo

Investigações apontam que os envolvidos se organizavam virtualmente para cometer crimes

30/06/2025 às 09h02 Igor Azeredo

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Investigações apontam que os envolvidos se organizavam virtualmente para cometer crimes / Foto: TV Globo/Reprodução

Policiais civis do Departamento-Geral de Polícia de Atendimento à Mulher (DGPAM) deflagraram, nesta segunda-feira, uma operação que mira um grupo suspeito de praticar crimes de violência contra mulheres. As investigações apontam que os envolvidos se organizavam virtualmente, em plataformas como Discord, para cometer estupros virtuais, torturas, misoginia e racismo contra as vítimas. Os agentes mobilizados na Operação Abbraccio cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão em Duque de Caxias e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e em outras sete estados — Amazonas, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Piauí, Santa Catarina e São Paulo — e no Distrito Federal. Quatro pessoas foram presas.

A ação desta segunda foi planejada a partir de uma investigação da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Duque de Caxias. Em abril deste ano, a mãe de uma das vítimas procurou a unidade para relatar que imagens íntimas de sua filha estavam sendo divulgadas. Durante a apuração, os agentes constataram a existência de dezenas de outras vítimas. O crimes eram transmitido on-line e, em alguns casos, a gravação era posteriormente exposta na internet.

De acordo com a Deam de Duque de Caxias, o grupo forçava as vítimas a cometerem atos violentos ou a se mutilarem com navalhas, fazendo-as escrever os nomes dos autores na própria pele.

A Operação Abraccio acontece após a prisão de um dos integrantes do grupo, no mês passado. A partir da perícia de cerca de 80 mil imagens, vídeos e áudios encontrados em dispositivos eletrônicos, foi possível chegar aos demais envolvidos nos crimes. O material apreendido também demonstra a frieza com que os suspeitos agem.

Até o momento, seis mulheres foram identificadas como vítimas do grupo. Além das prisões, a operação desta segunda busca apreender celulares, computadores e mídias digitais capazes de comprovar os crimes praticados e ampliar o mapeamento da rede criminosa. O material arrecadado será analisado e poderá embasar novas diligências, além de responsabilizações penais e civis.

Fonte: Extra

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