Quarta-feira, 03 de setembro de 2025

PF abre inquérito para apurar suspeita de corrupção eleitoral entre candidatos de Campos

Os alvos seriam uma candidata a prefeita, um candidato a reeleição para vereador, um cabo eleitoral e um pastor

11/09/2024 às 18h40 Girlane Rodrigues

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Os alvos seriam uma candidata a prefeita, um candidato a reeleição para vereador, um cabo eleitoral e um pastor

A Polícia Federal, em Campos, instaurou um inquérito para apurar possível esquema de corrupção eleitoral envolvendo uma candidata à Prefeitura de Campos, um candidato a reeleição para vereador e outras duas pessoas. A denúncia foi feita pelo político Thiago Virgílio e a Polícia Federal comunicou a existência do inquérito a 98º Zona Eleitoral de Campos. 

A polícia apura suspeita dos crimes de captação ilícita de votos ou corrupção eleitoral. Virgílio informou no inquérito que no dia 25 de julho de 2024, tomou conhecimento de que áudios de grupos por mensagens de aplicativos davam conta de um "audacioso esquema de corrupção eleitoral para compra de votos de pastores e religiosos por meio de pagamento em dinheiro de uma espécie de 'mesada' apelidada de 'documento' que é entregue todos os meses entre os dias 15 e 20".

Ainda segundo o denunciante, consta nos áudios que os “Pastores de Campos afirmam não estar recebendo regularmente o valor mensal de R$ 500 prometido em troca de apoio a um grupo político da cidade. Desde janeiro, esses líderes religiosos reclamam que o pagamento, conhecido como 'documento', não tem sido efetuado conforme combinado. Tal esquema de corrupção eleitoral, de acordo com os áudios e documentos, está em execução ao menos desde janeiro de 2024 pelos suspeitos que dividem entre si as tarefas para a prática do ilícito", informou  Virgílio à PF.

Segundo a denúncia, o grupo para propagação de mensagens tinha sido criado para apoiar os candidatos. Deste grupo, teriam sido feitos prints que podem configurar crime eleitoral. Virgílio também entregou à PF, um pen drive com as supostas provas. Os nomes de um pastor e de um cabo eleitoral foram citados no inquérito investigativo. 

A Polícia Federal, porém, ponderou que os 'prints' e 'links' das publicações e vídeos apresentados pelo denunciante, precisam ser observados no inquérito. "Não se sabe qual dos membros do grupo de WhatsApp forneceu os prints, como também os prints não foram devidamente registrados em Ata Notaria, conforme entendimento atual do STJ", afirmou a PF no documento enviado à Justiça Eleitoral.

O delegado da PF, Anderson Barcelos de Azevedo determinou diligências para elucidar o caso.

Confira

1- Diligencie no sentido de obter elementos de informação que comprovem a realização do evento que ocorreu, em tese, no dia 16/08/2024 e de condutas relacionadas ao evento que tenham infringido o disposto no art. 288 do CP c/c 299 do CE; sobretudo realizando buscas em redes sociais; sem prejuízo a outras diligências com o desenrolar das investigações;

2. Diligencie nas redes sociais do Pastor na busca por eventuais elementos de prova visando verificar eventual prática dos fatos narrados na denúncia;

3. Identifique em quais templos religiosos o pastor exerce suas funções.

4. Compareça em cultos abertos ao público e que estejam sendo presididos pelo pastor visando verificar eventual prática dos fatos narrados na denúncia.

5. Qualifique eventuais testemunhas que venham a ser descobertas com o desenrolar das diligências;

6. Outras diligências que julgar úteis ao Caso.

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