Quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Polícia Civil investiga se Diaba Loira foi assassinada por rivais do Comando Vermelho

17/08/2025 às 17h48 17/08/2025 às 21h23 Redação

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Eweline Passos Rodrigues, de 28 anos, se afirmava traficante nas redes sociais e foi encontrada morta na última quinta-feira / Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Rio investiga se Eweline Passos Rodrigues, de 28 anos, conhecida por Diaba Loira, foi assassinada por integrantes do Comando Vermelho. Natural de Santa Catarina, no Sul do país, ela teria vindo ao Rio, em 2024, foragida de um processo em que respondia por posse ilegal de arma de fogo. Na capital fluminense, buscou abrigo junto a facções e, atualmente, se afirmava integrante do Terceiro Comando Puro. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

O histórico de Eweline no crime do Rio de Janeiro começou pelo Comando Vermelho, em especial, no grupo que chefia o Complexo da Penha, na Zona Norte. No entanto, após desentendimentos —discordância em relação a comportamentos e decisões — ela mudou de "lado", aliando-se ao TCP.

Nas redes sociais, por exemplo, ela costumava responder a provocações e ameaças, afirmando que não temia os rivais do CV por saber que eles eram "despreparados". Ela foi chamada de "traíra" por perfis em anônimo e chegou a pontuar alguns traficantes que estariam incomodados com ela:

"A única coisa que eu aprendi lá (com o CV) foi que eles (os traficantes do CV) eram uma cambada de mesquinhos, de egoístas. Só pensavam neles mesmos, não estavam nem aí para morador, iam em comércio, pegavam um monte de coisa e não pagavam. O Marreta não me deu nada. Eu apanhei lá, fui esculachada, porque falei que um cara tava roubando", disse em publicação no TikTok.

Cobradora e alfaiate

Antes de se associar ao tráfico, Eweline trabalhou como cobradora interna e alfaiate, com salários que variavam entre R$ 1.017 e R$ 1.346. No nome dela, há uma empresa voltada para promoção de vendas, registrada em Tubarão, sua cidade natal, em Santa Catarina, com capital social de R$ 3 mil.

Segundo a Polícia Civil catarinense, a tentativa de feminicídio sofrida em 2022, em Capivari de Baixo, cidade vizinha a Tubarão. Ela foi atacada com uma facada no pulmão pelo ex-companheiro e passou por uma cirurgia de emergência.

— A primeira vez que me deparei com a Eweline foi quando ela foi vítima de uma tentativa de feminicídio. O sujeito e a família alegavam que ela havia se apossado de uma quantia em dinheiro dele — contou o delegado André Luiz Bermudez Pereira, da 5ª DRP, em Tubarão.

O ex-marido trabalhava em outro estado e relatou em depoimento que, ao voltar a Santa Catarina, descobriu que Eweline o traía e se apropriava do dinheiro que ele a enviava para ser guardado. Ele foi absolvido em júri.

Prisões antes do assassinato no RJ

Em maio de 2023, Eweline foi presa em flagrante pela Polícia Militar de Santa Catarina ao transportar sete gramas de cocaína. Ela teve permissão para ser investigada em liberdade, mas com uso de tornozeleira eletrônica. No entanto, acabou violando a medida.

Já em janeiro de 2024, ela e um comparsa foram presos por porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas. Policiais receberam a informação de que eles iriam executar um rival:

— A sequência dos elementos deixava claro que ela fazia parte de uma facção catarinense e atuava também em Florianópolis — afirmou Pereira.

Eveline também conseguiu liberdade enquanto o caso era investigado. Violou novamente a tornozeleira eletrônica imposta e fugiu para o Rio de Janeiro, onde se filiou, primeiro, ao Comando Vermelho, depois, ao Terceiro Comando Puro.

Fonte: Extra

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