Terça-feira, 04 de novembro de 2025

Vereadora Gigi Castilho é alvo de operação da Polícia Civil por desvio de verbas no Rio

Operação apura fraude em creches e uso de empresas de fachada ligadas à vereadora

04/11/2025 às 12h25 Redação Ururau

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Vereadora Gigi Castilho é alvo de operação da Polícia Civil por suspeita de desvio de verbas públicas em creches no Rio / Foto: Divulgação/policia Civil RJ

A vereadora do Rio de Janeiro Gigi Castilho (Republicanos) foi alvo, na manhã desta terça-feira (4), de uma operação da Polícia Civil que investiga um suposto esquema de desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro envolvendo creches conveniadas na Zona Oeste da capital.

De acordo com as investigações, o grupo teria utilizado empresas de fachada e notas fiscais frias para justificar repasses da Prefeitura do Rio a instituições educacionais ligadas à parlamentar e a familiares. Os valores suspeitos ultrapassam R$ 1,7 milhão entre 2022 e 2023, segundo os levantamentos iniciais.

A ação é coordenada pela Delegacia de Defraudações (DDEF) e cumpre 29 mandados de busca e apreensão contra 15 empresas e 14 pessoas físicas. Os alvos incluem familiares da vereadora, entre eles o marido, Luciano Castilho, e a filha, Andreza dos Santos Adão, além de pessoas próximas ao núcleo político da parlamentar.

Creches sob investigação

Entre as unidades investigadas estão a Creche Comunitária Deus é Fiel e a Creche Escola Machado, ambas localizadas na Zona Oeste do Rio. De acordo com a Polícia Civil, há fortes indícios de criação de empresas fantasmas que recebiam pagamentos por serviços nunca prestados, incluindo fornecimento de uniformes, alimentos e materiais didáticos.

Essas instituições recebem recursos públicos da Secretaria Municipal de Educação por meio de convênios e, juntas, movimentaram mais de R$ 64 milhões desde 2019.

Esquema e movimentações suspeitas

As investigações apontam que empresas em nome de parentes e aliados políticos da vereadora emitiram notas fiscais superfaturadas para as creches, simulando serviços de panificação, confecção de roupas e outros fornecimentos. Parte do dinheiro teria sido sacado em espécie e redirecionado a terceiros, configurando possível lavagem de dinheiro e fraude em repasses públicos.

O que diz a vereadora

Em nota, Gigi Castilho afirmou que não teve acesso ao inquérito policial e que confia nas instituições brasileiras. A parlamentar declarou ter atuado apenas na área pedagógica de uma das creches citadas e negou qualquer envolvimento com a parte financeira, contratações ou prestações de contas.

“Trabalhei na Creche Comunitária Deus é Fiel como diretora pedagógica até março de 2024, sem exercer função financeira ou de gestão. Tenho plena confiança nas instituições e acredito que todos os fatos serão esclarecidos”, disse a vereadora.

Continuidade das investigações

A Polícia Civil informou que as buscas têm como objetivo reunir documentos, computadores e comprovantes financeiros que ajudem a identificar a estrutura do grupo suspeito e a origem dos recursos movimentados. O material apreendido será analisado pela equipe técnica e poderá embasar futuras denúncias pelos crimes de organização criminosa, peculato e falsidade ideológica.

Fonte: Redação

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