Quinta-feira, 20 de novembro de 2025

Lula indica Jorge Messias na vaga do STF confiança política e aproximação com evangélicos

Advogado-geral da União precisa de aprovação do Senado para assumir a Corte

20/11/2025 às 15h50 Redação Ururau

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Jorge Messias é indicado ao STF por Lula e articula apoio político no Senado / Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta quinta-feira, 20 de novembro, a indicação do advogado-geral da União, Jorge Messias, para ocupar a vaga deixada pelo ministro Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal. A escolha será oficializada em edição extra do Diário Oficial da União e ainda precisa ser aprovada pelo Senado, incluindo a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça e votação no plenário, sendo necessários pelo menos 41 votos para confirmação.

Messias é visto como figura de confiança do presidente, consolidando a estratégia de nomear integrantes próximos ao núcleo político do PT. O ministro atuou como principal interlocutor do governo no Supremo e coordenou a defesa dos interesses da União em temas sensíveis, como fraudes no INSS e tarifas internacionais impostas pelos Estados Unidos.

A indicação também reforça a aproximação com o segmento evangélico, com Messias sendo o único ministro evangélico entre os escolhidos por Lula. Ele frequenta a Igreja Batista Cristã em Brasília e participou de iniciativas voltadas à representação desse público, incluindo entrevistas e eventos de relevância política.

Com formação em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco e doutorado pela Universidade de Brasília, Messias construiu carreira pública sólida, passando pela Procuradoria da Fazenda Nacional, Banco Central e pelo Ministério da Educação. Foi assessorado diretamente por Dilma Rousseff e manteve proximidade com líderes do PT, consolidando sua trajetória política e técnica.

Messias chega ao STF após superar desgaste político no governo, quando foi preterido para outra vaga, e adotar postura discreta, mantendo foco na AGU. A expectativa é que sua experiência e trânsito entre ministros do Supremo facilitem o alinhamento entre Executivo e Corte, ao mesmo tempo em que garante representação estratégica para o governo junto a segmentos religiosos e políticos.

Fonte: Redação

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