Quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Megaoperação no Rio e omissões do governo federal expõem contradições na segurança pública

O povo apoia ações contra o crime, mas o governo federal ignora

29/10/2025 às 14h09 29/10/2025 às 14h13 Redação Ururau

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Polícia Federal e governo federal sob críticas / Foto: Reprodução

Em entrevista concedida conjuntamente pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, Rodrigues afirmou que a corporação foi comunicada sobre a mega-operação deflagrada pelo Estado do Rio de Janeiro, mas não participaria, alegando que a ação não se enquadrava nos procedimentos legais e operacionais da PF. Segundo o diretor, a Polícia Federal recebeu apenas alguns detalhes do planejamento e considerou que não havia atribuição legal para atuar em uma operação com mais de 100 mandados.

No entanto, durante a entrevista, Lewandowski interrompeu Rodrigues para justificar burocraticamente a ausência federal. O ministro afirmou que “a comunicação entre governantes, entre o governador de Estado e o governo federal tem que se dar ao nível das autoridades de hierarquia mais elevada. Então, essa operação desse nível, desse corte, não pode ser acordada em um segundo ou terceiro escalão. Se fosse uma operação que exigisse a interferência do governo federal, o presidente da República deveria ser avisado, o vice-presidente que estava respondendo pela presidência, ou o ministro da Justiça e Segurança Pública, ou o próprio diretor-geral da Polícia Federal”.

Essa é uma justificativa burocrática e estapafúrdia para um país que sangra com violência, e evidencia que o Diretor-Geral da Polícia Federal, o Ministro da Justiça e o Presidente da República estão alinhados nesse discurso de politização e centralização. Enquanto o país perde vidas diariamente, pesquisas apontam que quase metade do eleitorado considera que a segurança pública piorou sob o governo federal, mostrando que essa postura ignora o clamor da população por ação concreta e imediata contra o crime organizado.

A mesma imprensa institucional que diariamente ataca o governo do Estado do Rio de Janeiro por suposta falta de ação contra o tráfico de drogas, hoje tenta criticar o número de mortos em uma operação de sucesso. Tentam justificar que corpos encontrados no meio da mata, de criminosos que tentaram fugir diante da chegada da polícia, poderiam ser pessoas inocentes. É um esforço evidente de deslegitimar a ação do governador Cláudio Castro e ignorar o apoio popular que ele recebeu ao agir de forma firme contra o crime organizado.

Enquanto isso, o governador Cláudio Castro atuou com firmeza e apoio popular, deflagrando operações que resultaram na morte de traficantes e na execução de centenas de mandados. No entanto, o Palácio do Planalto e o governo federal insistem em criticar e justificar politicamente a operação, sugerindo até a necessidade de uma GLO, enquanto o crime continua a vitimar cidadãos inocentes e famílias que não merecem sofrer.

O contexto de omissão e falta de respostas vai além do Rio. O governo federal alega que o combate ao tráfico de drogas deve ser técnico, visando sufocar financeiramente essas organizações. No entanto, investigações demonstraram que o crime organizado se aproximou do mercado financeiro, utilizando fintechs para lavar dinheiro e movimentar grandes quantias. Apesar disso, nada foi apresentado de forma transparente à sociedade. Estranhamente, semanas depois, outras fintechs ligadas a bancos também passaram a sofrer ataques hackers suspeitos, com logins e senhas comprometidos, centenas de PIX sendo desviados e grandes quantias de dinheiro transferidas de forma irregular. Paralelamente, um prédio de uma instituição financeira na Faria Lima foi alvejado a tiros, sem que a Justiça ou a Polícia Federal tenha esclarecido esses fatos. Como pode se afirmar que o governo federal está efetivamente asfixiando financeiramente o tráfico de drogas, se a violência continua crescendo e o estado do Rio de Janeiro vive um de seus piores momentos de insegurança?

A verdade é que a firmeza do combate à violência por parte da direita no Rio de Janeiro assustou o governo federal, porque quem conhece política sabe que Eduardo Paes não transmite o pulso necessário para o combate à criminalidade. Paes é o candidato do Palácio do Planalto e a mega-operação mudou o cenário eleitoral: o que parecia certo, uma vitória de Paes para o governo estadual, agora corre riscos. Se as operações estaduais continuarem a derrotar o crime, a direita pode ganhar vantagem eleitoral, tornando Paes vulnerável. Por isso, setores da imprensa que já o defendem aceleraram ações para criticar a operação, que tem sido apoiada pelo povo que sofre diariamente com a omissão federal na segurança pública, no controle de fronteiras e no combate ao tráfico.

O conjunto dessas situações evidencia uma dissonância entre a burocracia federal e a necessidade real de combate ao crime, onde justificativas técnicas e políticas se sobrepõem à proteção da população. A mega-operação no Rio, apoiada pela sociedade, demonstra que a resposta estadual é efetiva, enquanto a omissão e a politização do governo federal apenas facilitam a ação do crime organizado.

O episódio reforça a urgência de autonomia operacional para os Estados e respostas claras à sociedade, especialmente em um cenário onde a burocracia federal e a centralização de decisões não acompanham a gravidade da criminalidade e deixam a população à mercê da violência.

Fonte: Editorial

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