Domingo, 27 de julho de 2025

Abacaxi cultivado em Campos e região pode receber selo de qualidade e origem

Com a certificação, os produtos ganham não só visibilidade, mas também agregam valor comercial e cultural, garantindo competitividade no mercado nacional e internacional

27/07/2025 às 10h03 27/07/2025 às 10h17 Igor Azeredo

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Com a certificação, os produtos ganham não só visibilidade, mas também agregam valor comercial e cultural, garantindo competitividade no mercado nacional e internacional / Foto: Reprodução

O Norte Fluminense está prestes a ganhar mais reconhecimento no cenário nacional por meio da valorização de sua produção agrícola. Um novo edital da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) abriu caminho para que produtos fluminenses recebam o Certificado de Indicação Geográfica (IG), concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). Entre os destaques está o Abacaxi do Norte Fluminense, cultivado em Campos dos Goytacazes, São Francisco de Itabapoana, São João da Barra e Quissamã.

A certificação busca garantir a autenticidade dos produtos e sua ligação direta com o território de origem, o que reforça não só a qualidade, mas também a identidade cultural e econômica da região. Segundo o engenheiro agrônomo Heraldo Pessanha, presidente da Associação dos Produtores Rurais do Norte Fluminense (Apra-Rio), cerca de 1,5 mil produtores cultivam abacaxi em 5 mil hectares de terra, principalmente em pequenas e médias propriedades.

"Já temos uma produção reconhecida por atacadistas e grandes redes de supermercados, mas com a IG, vamos nos tornar reconhecíveis também para o consumidor final. Estamos nos estruturando para isso: vamos colocar selo nas frutas, usar caixas com nossa logomarca e, principalmente, garantir sabor, qualidade e segurança alimentar", destaca Pessanha.

Outro produto do Norte Fluminense que pode receber o selo de origem é a Farinha de Mandioca de São Francisco de Itabapoana, com características únicas que devem garantir a ela o reconhecimento como Denominação de Origem (DO).

A ação faz parte do Programa de Apoio à Promoção de Indicações Geográficas da Faperj e visa fomentar a economia local e a valorização de territórios tradicionais do estado. O processo de registro técnico dos produtos junto ao Inpi deve durar entre 18 e 24 meses.

Para a presidente da Faperj, Caroline Alves, “cada Indicação Geográfica é mais do que um selo de qualidade. É um passaporte para que produtores locais acessem novos mercados, ampliem sua competitividade e reforcem o orgulho de pertencer a um território com história e tradição”.

Atualmente, cinco produtos do estado já possuem o selo de IG, como a Cachaça de Paraty e a Laranja da Região de Tanguá. Com o novo edital, dez produtos serão incluídos no processo de certificação, sendo quatro deles ligados diretamente ao Norte Fluminense.

Confira os produtos da região Norte Fluminense incluídos no edital:

  • Abacaxi do Norte Fluminense (DO) – Produzido em Campos dos Goytacazes, São Francisco de Itabapoana, São João da Barra e Quissamã;

  • Farinha de Mandioca de São Francisco de Itabapoana (DO) – Tradicional e com características únicas da região;

  • Cafés especiais do Alto Noroeste Fluminense (DO) – Produzidos em áreas elevadas, com potencial de destaque nacional;

  • Cafés do Estado do Rio de Janeiro (DO) – Inclui produções de várias regiões fluminenses, entre elas o Norte.

Outros produtos que também serão registrados:

  • Arroz Anã de Porto Marinho (DO);

  • Moda Íntima de Nova Friburgo (IP);

  • Tainha da Lagoa de Araruama (DO);

  • Vinhos de Inverno da Região Serrana Fluminense (IP);

  • Palmito de Pupunha do Vale do Rio Mambucaba (DO);

  • Cafés da região do Vale do Café (DO).

Com a certificação, os produtos fluminenses, especialmente os do Norte do estado, ganham não só visibilidade, mas também agregam valor comercial e cultural, garantindo competitividade no mercado nacional e internacional.

Com informações do g1.

Fonte: g1

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