O governo argentino anunciou que conseguiu eliminar uma parte da nuvem de gafanhotos que está perto da fronteira com o Brasil.
Dos 400 milhões de gafanhotos restaram cerca de 50 milhões, segundo estimativas das autoridades argentinas. O que sobrou da nuvem permanece nas matas de eucaliptos e nos pomares de laranja na região de Entre Rios, a 98 km da fronteira com o Brasil.
Esses gafanhotos da espécie sul-americano se alimentam de vegetais. São tantos insetos que chegam a dobrar os galhos de árvores.
Produtores rurais ajudaram o governo argentino no combate. Aviões agrícolas lançaram produtos químicos, e agricultores usaram tratores para aplicar inseticidas nos pomares. A previsão é acabar completamente com a praga até o fim desta semana.
“Eles tiveram, vamos dizer assim, a sorte encontrar os insetos em uma posição que possibilitou o ataque. Eles puderam fazer a aplicação. Tudo deu certo e os agricultores auxiliaram muito”, explica Juliano Ritter, fiscal agropecuário/RS.
A notícia que vem da Argentina traz um pouco de tranquilidade para os agricultores brasileiros, mas as autoridades permanecem em alerta.
Há uma segunda nuvem na província Del Chaco, na Argentina, a 600 quilômetros do Brasil que pode ter o dobro de tamanho da primeira com 800 milhões de insetos.
“A nuvem pode se deslocar a 100 quilômetros por dia, como essa primeira nuvem deslocou. Então, cinco dias de vento favorável, elas podem se deslocar 500 quilômetros o que deixaria ao lado do Rio Grande do Sul novamente”, diz o fiscal agropecuário.
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