O prefeito Wladimir Garotinho e o vice Frederico Paes receberam, nesta quinta-feira (11), o presidente da Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confeab), Francisco Almeida, e o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (CREA-RJ), Miguel Fernandez. Entre outros assuntos, foram apresentados os avanços realizados no setor agrícola no município durante a atual gestão e discutida a questão das mudanças climáticas, que será tema central do 10º Congresso Estadual de Agronomia, realizado a partir desta quinta na Uenf.

“O 10º Congresso Estadual de Agronomia, dentre vários assuntos, vai debater mudança climática e a nossa pauta tão importante para a região, que é a alteração da classificação climática da região para clima de semiárido. Essa é uma pauta que tem sido muito constante entre todos os prefeitos, inclusive temos uma agenda muito próxima em Brasília para tratar desse assunto. Mas estão aqui o CREA e a Confederação dos Agrônomos para tratar sobre esse tema tão importante para o desenvolvimento da nossa região”, declarou Wladimir.

O vice-prefeito Frederico Paes explicou que, na reunião, também foi mencionada a elaboração de uma carta em defesa da derrubada do veto presidencial ao projeto de lei 1.440/2019, que modifica a classificação climática dos 22 municípios do Norte e Noroeste Fluminense para semiárido. O documento será elaborado a partir dos debates realizados durante o congresso.

“Provavelmente, no final do congresso, vai sair uma carta da agronomia do Estado do Rio de Janeiro, defendendo diversos interesses do Estado e o semiárido, a questão da classificação climática, que infelizmente foi vetada pelo presidente Lula. A gente entende que o veto pode ser derrubado, pois a única saída é a derrubada do veto, e pretendemos discutir isso com o apoio das entidades para mostrar ao governo federal a importância desse projeto para os 22 municípios do Estado do Rio de Janeiro”, disse Paes.

O vice-prefeito também destacou a vocação agrícola da região:
“A gente sabe que a nossa cidade, a nossa região, é essencialmente agrícola, e o futuro da nossa região é o desenvolvimento agrícola e pecuário. Então, a gente está tendo esse congresso, até sábado, onde vai estar sendo discutido não só a questão do semiárido, que é tão importante, mas também trazendo nomes importantes não só da agronomia, mas da engenharia como um todo. Isso mostra que a agricultura e a pecuária, junto com a tecnologia e as inovações que os engenheiros agrônomos podem trazer, são fundamentais para que a nossa região continue sendo o celeiro de alimentos do Estado do Rio. A gente vê isso com muita importância”, pontuou.

O presidente da Confeab, Francisco Almeida, ressaltou que o Norte Fluminense precisa de investimentos:
“Eu venho direto de Brasília justamente para pensar em território e desenvolvimento sustentável. Quando existem movimentos sustentáveis, há emprego, há comida, porque nós, agrônomos, somos responsáveis pela segurança alimentar mundial. O Norte Fluminense precisa de recuperação e investimento, e é isso que estamos discutindo: alternativas para evoluir, gerar mais produção, colocar mais comida na mesa e criar mais empregos”, declarou.

O presidente do CREA-RJ, Miguel Fernandez, também reforçou a importância da região no cenário agrícola:
“Essa é uma região estratégica, muitas vezes lembrada apenas pela exploração do petróleo, mas que precisa olhar além desse setor. O agronegócio e a engenharia agrícola têm papel fundamental nesse processo, especialmente em um momento em que o Brasil se prepara para sediar a COP30. É uma oportunidade única para debatermos os grandes temas relacionados às mudanças climáticas e ao futuro da produção de alimentos”, afirmou.

Também participaram da reunião o secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Infraestrutura Rural, Almy Junior; o subsecretário municipal de Mobilidade, Sérgio Mansur; e o secretário estadual de Agricultura, Felipe Brasil.

O 10º Congresso Estadual de Agronomia acontece desta quinta-feira (11) até sábado (13), na Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), em Campos. O evento terá painéis técnicos sobre mudanças climáticas, licenciamento ambiental agropecuário, desenvolvimento econômico e o papel do profissional da agronomia. Também haverá curso de inteligência artificial para engenheiros agrônomos e mostra de empresas juniores e startups da agronomia.