Um tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) foi visto em uma árvore do Parque Estadual do Desengano, em Campos dos Goytacazes, durante manejo de trilha realizado pelos guarda-parques Aurenio Perrut e Ivan Mota, na quinta-feira (23). O registro foi feito em área de preservação administrada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
Segundo Marco Gonçalves, gerente de Fauna do Inea, o tamanduá-mirim é um indicador de equilíbrio ambiental, já que costuma ocorrer apenas em florestas bem preservadas.
“Ele representa as florestas equilibradas. É um bicho que precisa de ambientes saudáveis, com boa disponibilidade de insetos e vegetação nativa”, explica.
O tamanduá-mirim tem papel fundamental na natureza. Ao se alimentar de formigas, cupins e outros invertebrados, ele ajuda a controlar populações de insetos, contribuindo para o equilíbrio ecológico.
Com garras afiadas e cauda preênsil, o animal sobe com facilidade em árvores e utiliza o corpo para se firmar nos troncos. Além de abrir formigueiros, suas escavações aeram o solo e favorecem o ciclo de nutrientes, o que ajuda a manter a saúde do ambiente.
O nome “tamanduá-mirim” vem do tupi: tamanduá (devorador de formigas) e mirim (pequeno), em referência ao seu porte menor que o do tamanduá-bandeira.
Conhecido também como tamanduá-colete, devido ao padrão escuro da pelagem que lembra um colete, o animal apresenta pelos que variam do amarelo ao marrom pardo. Dependendo da região, a coloração pode ir do preto ao castanho-claro.
A espécie tem quatro dedos nas patas dianteiras — origem do nome científico tetradactyla — e uma língua comprida e pegajosa, que pode chegar a 40 centímetros, usada para capturar insetos em locais estreitos.
Curiosamente, o tamanduá-mirim não possui dentes.
Nativo da América do Sul, o tamanduá-mirim é encontrado do norte da Venezuela até o sul do Brasil, ocorrendo em todos os biomas brasileiros, incluindo Mata Atlântica, Cerrado, Amazônia e manguezais.
De acordo com o ICMBio e a IUCN, a espécie é classificada como de “menor preocupação” em relação à extinção. No entanto, desmatamentos e queimadas continuam sendo ameaças sérias ao seu habitat natural.
O tamanduá-mirim é um mamífero solitário e escansorial, ou seja, vive tanto no solo quanto em árvores. Costuma descansar em troncos ocos, tocas de tatu ou cavidades naturais. Quando ameaçado, adota uma postura defensiva característica: ergue-se sobre as patas traseiras e abre os braços, parecendo maior. Também pode liberar um cheiro forte para afastar predadores.
Criado em 1970 (Decreto-Lei Estadual nº 250/1970), o Parque Estadual do Desengano é a mais antiga unidade de conservação do Estado do Rio de Janeiro, com 21.365 hectares. A área abrange trechos de Campos dos Goytacazes, São Fidélis e Santa Maria Madalena.
O parque é reconhecido pela BirdLife International como uma IBA (Important Bird and Biodiversity Area) — área prioritária para conservação da biodiversidade, especialmente de aves.
O registro do tamanduá-mirim reforça a importância da manutenção das florestas nativas e do trabalho dos guarda-parques. Segundo o Inea, a presença de espécies sensíveis como essa indica que o Parque do Desengano mantém um alto nível de integridade ecológica.
“Cada registro de fauna é um sinal de que a natureza está respondendo bem às ações de conservação”, conclui Marco Gonçalves.
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