Nem sempre o embaçamento da visão durante a gravidez é motivo de alarme — mas também não deve ser ignorado. Apesar de comum, a relação entre gestação e alterações oculares ainda é desconhecida por muitas mulheres. Levantamento de um renomado instituto, em Campinas, revela que apenas 10% das 754 gestantes atendidas nos últimos nove meses associavam a gravidez a mudanças na saúde dos olhos.
O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, diretor da instituição e membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), explica que as alterações hormonais, circulatórias e metabólicas típicas da gestação podem provocar pelo menos seis modificações temporárias na visão. Entre elas, aumento do olho seco, maior sensibilidade à luz e flutuação no grau de miopia, hipermetropia e astigmatismo — o que leva muitas mulheres a buscarem troca de óculos ou lentes de contato, ainda que não seja o momento ideal.
“Durante a gravidez, a córnea e o cristalino sofrem pequenas mudanças de espessura e curvatura por conta da retenção de líquidos e dos hormônios em alta. Isso interfere na refração da imagem e pode alterar o grau temporariamente”, explica o especialista. A recomendação é que novos exames de refração só sejam realizados de três a seis meses após o parto, quando os hormônios voltam ao normal.
Além disso, é comum a grávida apresentar menor tolerância ao uso de lentes de contato, ter dificuldade de enxergar em ambientes pouco iluminados e sofrer redução da pressão intraocular — o que pode interferir em exames para detecção de glaucoma.
Doenças pré-existentes exigem atenção redobrada
Em gestantes com doenças oftalmológicas pré-existentes, como ceratocone e glaucoma, o acompanhamento deve ser ainda mais rigoroso. “Mulheres com ceratocone, por exemplo, devem planejar a gravidez em conjunto com o oftalmologista”, orienta Queiroz Neto.
Entre os tratamentos possíveis antes da gestação estão o crosslinking — aplicação de vitamina B2 com radiação UV para fortalecer a córnea — e o implante de anel intraestromal. Já durante a gravidez, o acompanhamento deve ser trimestral, e a prevenção inclui o uso de colírios lubrificantes sem conservantes, compressas frias e pausas regulares no uso de telas.
Para pacientes com glaucoma, os cuidados devem considerar a saúde do bebê. Em alguns casos, a pressão intraocular diminui naturalmente na gravidez, mas quando isso não ocorre, o tratamento a laser pode ser uma alternativa ao uso contínuo de colírios. Caso o uso do medicamento seja inevitável, recomenda-se comprimir o canal lacrimal por dois minutos após a aplicação, evitando que o colírio entre na corrente sanguínea.
Informação ainda é o melhor remédio
O dado mais alarmante, segundo o especialista, é a falta de informação. “A maioria das gestantes não imagina que os sintomas oculares estão ligados à gravidez, o que atrasa o diagnóstico e o tratamento adequado”, afirma Queiroz Neto. Para ele, campanhas educativas e o diálogo entre médicos de diferentes especialidades são fundamentais para garantir um pré-natal mais completo — também para os olhos.
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