Quarta-feira, 30 de abril de 2025

Abstinência do cigarro: saiba como superar os sintomas

Reações da síndrome de abstinência da nicotina são passageiras e tendem a desaparecer em algumas semanas.

29/10/2018 às 12h04 29/10/2018 às 12h06

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Os sintomas variam de pessoa para pessoa, considerando o nível de dependência / Foto: Reprodução

Os sintomas da abstinência do cigarro variam de pessoa para pessoa, considerando o nível de dependência. Reações são passageiras e tendem a desaparecer em algumas semanas.

Dor de cabeça, irritabilidade, dificuldade de concentração, ansiedade e alteração do sono são alguns dos sintomas da abstinência do cigarro. Esse conjunto de reações desconfortáveis, que podem incluir o aumento do apetite, tristeza e até depressão, é chamado de síndrome de abstinência da nicotina.

A psicóloga e técnica da Divisão de Controle de Tabagismo do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), Vera Lucia Gomes Borges, explica que é justamente a síndrome de abstinência o que mais dificulta que as pessoas parem de fumar.

“Quem quer parar de fumar precisa saber que os sintomas da abstinência do cigarro são transitórios e vão passar”, ressalta Vera. “A primeira semana pode ser a mais difícil, mas isso significa que o corpo está se adequando a uma nova forma de funcionar. Por mais desconfortável que seja, a síndrome de abstinência da nicotina é um sinal de que o organismo está voltando a funcionar normalmente”, completa.

Com o entendimento de que o fumante é um dependente químico da nicotina, que é uma droga que atua no cérebro estimulando de forma desordenada a liberação de substâncias responsáveis pela sensação de bem-estar e prazer, é possível compreender que ao parar de fumar haverá uma menor concentração dessas substâncias no organismo e essa mudança provocará a síndrome de abstinência.

Segundo a especialista do INCA, a intensidade dos sintomas de ficar sem o cigarro variam de pessoa para pessoa, considerando também o nível de dependência. Contudo, todas as reações são passageiras e tendem a desaparecer em uma ou duas semanas – no máximo um mês. Dor de cabeça, tonteira e tosse são sinais do restabelecimento do organismo. Já o sintoma mais intenso e mais difícil de lidar, a chamada “fissura" (grande vontade de fumar), tende a ficar mais tempo que os outros sintomas, mas cada vez que a fissura surge, não dura mais que cinco minutos e com o tempo vai perdendo a intensidade.

Enfrentando o primeiro dia sem fumar

A especialista do INCA destaca que os sintomas de abstinência aparecem de maneira mais acentuada e desconfortável, especialmente 24h após a pessoa deixar de fumar.

“Ao parar de fumar e assim reduzir a estimulação de substâncias no cérebro responsáveis pela sensação de bem-estar e prazer, a pessoa pode ficar muito irritada ou ansiosa, ter dificuldades de concentração ou apresentar problemas para dormir. Pode também sentir mais apetite ou necessidade de comer mais para lidar com a ansiedade e até mesmo tristeza e depressão”, pontua Vera Lucia.

Para ela, é fundamental compreender a transitoriedade do desconforto para logo se beneficiar da sensação de liberdade que é não ter que obedecer a ordem interna para acender outro cigarro. “Quando a pessoa para de fumar, experimenta a liberdade para fazer do tempo dela o que quiser”, assegura.

4 dicas para lidar com a síndrome de abstinência

Nas primeiras semanas sem fumar os sintomas de abstinência podem ser mais drásticos. Por isso, para sofrer menos com as reações físicas e psicológicas (que existem, mas são passageiras), a psicóloga Vera Lúcia, do INCA, dá as seguintes dicas:

Não ter cigarro em casa: A primeira coisa que deve ser dita a quem decide parar de fumar é que no primeiro dia ela não pode ter cigarro em casa.

Evitar álcool e café: Outro ponto importante é evitar coisas que estimulam a vontade fumar, pois a bebida e o fumo têm uma associação muito grande.

Fazer exercícios e manter uma boa alimentação: Exercícios respiratórios simples, como puxar o ar e soltar lentamente e ir relaxando, podem ajudar. Também é bom fazer caminhada, sair de casa quando estiver mais tenso ou ansioso, beber muita água e comer alimentos de baixa caloria.

Mascar cravos e pensar nos benefícios: Muitas pessoas relatam que mascar cravo ou colocar na boca tira a vontade fumar. Outra sugestão está ligada ao pensamento de que, quando a pessoa pensar em voltar a fumar, que ela se lembre dos benefícios a curto prazo, como a melhora do paladar, do olfato e da parte respiratória.

Fonte: Saúde Brasil

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