Quarta-feira, 24 de abril de 2024

Colestase gestacional: o que é, sintomas e tratamentos

29/05/2020 às 11h29 Redação

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Coceira intensa no corpo durante a gravidez pode ser sinal de colestase / Foto: Blue Planet Studio/Shutterstock

O que é colestase gestacional?

A colestase gestacional é uma doença hepática comum na gravidez e costuma aparecer no terceiro trimestre da gestação. É também conhecida como colestase intra-hepática.

De acordo com a ginecologista e obstetra Carolina Curci, essa doença faz com que a bile produzida no fígado não consiga ser liberada no intestino para facilitar a digestão e isso faz com que se acumule no corpo.

A colestase gestacional não tem cura e o tratamento é feito para controlar os sintomas. Confira abaixo quais são eles.

Sintomas da colestase gestacional

Coceira no corpo à noite

Icterícia

Náuseas

Falta de apetite

Fezes claras ou esbranquiçadas

Urina escura.

O principal sintoma de colestase gestacional é o prurido noturno, que nada mais é do que uma coceira generalizada em todo o corpo durante a noite.

Além disso, também pode surgir icterícia, quando a pele e os olhos ficam amarelados pelo excesso de bilirrubina. "A icterícia surge, normalmente, após 2 semanas do início dos sintomas em 50% das grávidas e permanece até o final da gestação", explica a obstetra Ingrid Schwach Werneck Britto.

Causas

A causa da colestase gestacional é desconhecida. Segundo a obstetra Ingrid Schwach, acredita-se no efeito dos hormônios sexuais nas mulheres suscetíveis à doença. "A incidência varia entre os países, sendo maior em gestações múltiplas e com taxa de recorrência de até 70%", afirma.

Também há estudos que sugerem a deficiência na metabolização da progesterona como causa da colestase.

Risco ao bebê

A colestase gestacional aumenta o risco de:

Parto prematuro

Insuficiência respiratória do recém-nascido

Morte intra-uterina.

O aumento da concentração de ácidos biliares maternos causa sofrimento fetal. "Dessa forma, além da avaliação seriada dos ácidos biliares, deve-se prestar atenção na intensificação da coceira e programar o parto idealmente em torno de 38 semanas", recomenda a obstetra Ingrid Schwach Werneck Britto, especialista em cirurgia fetal.

Diagnóstico

Para diagnosticar a colestase gestacional, a mulher grávida deve ficar atenta aos sintomas e junto ao médico avaliar também outras causas de prurido e icterícia, que podem ser: hepatites autoimunes ou virais, cirrose biliar primária e colelitíase.

É necessário também avaliar os níveis de bilirrubina e transaminases (TGO e TGP) elevados no exame de sangue. Vale também realizar ultrassom abdominal para excluir a opção de cálculos biliares.

Tratamentos

O tratamento consiste em aliviar os sintomas e com o prognóstico diminuir o risco de complicações ao bebê. Geralmente é indicado o medicamento chamado ácido ursodesoxicólico para a coceira do corpo.

A ginecologista e obstetra Carolina Curci, especialista da Clínica Curci, recomenda a indução do parto em alguns casos, quando a gravidez atinge 37 semanas. Isso pode reduzir a exposição do feto à bilirrubina.

No entanto, é necessário fazer acompanhamento médico, pois somente ele poderá avaliar de perto seu caso específico para receitar o melhor tratamento.

Prevenção

Não é possível prevenir a colestase gestacional. Vale ressaltar a importância do monitoramento nos exames do pré-natal durante a gestação e atenção aos sintomas para que ocorra um diagnóstico antecipado da doença.

Fonte: Minha Vida

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