O que diz a ciência sobre os chips?
Os chips ou pellets, como são chamados formalmente, são uma via para medicar reconhecida pela ciência e até com modelo aprovado pela Anvisa, como é o caso do implante que atua como anticoncepcional, por exemplo.
?? E você pode se perguntar: se o chip é reconhecido, por que então foram suspensos? Porque o problema é que não há pesquisa sobre seu uso com esses hormônios que eles vêm sendo anunciados e nem para o tratamento dessas doenças.
Por exemplo, quando um medicamento chega na prateleira da farmácia, antes disso, ele passou por várias fases de teste, que vão de análises em laboratório até humanos. Isso para saber se são eficazes, se as doses são seguras e quais os efeitos colaterais. E, depois, só podem ser usados se forem aprovados pela agência reguladora, a Anvisa.
?? No caso do chip de gestrinona, por exemplo, um dos mais populares e que vem sendo anunciado como tratamento para endometriose, não há, pelo menos por enquanto, pesquisa que mostre que ele é mesmo eficaz no tratamento da doença. Consequentemente, não dá para saber os efeitos colaterais, se existe contraindicação e até dose segura.
? Para além disso, a Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) já havia publicado uma nota em 2021 falando que não era recomendado para endometriose e que não há qualquer evidência de que seja um tratamento.
Como médicos, somos os mais interessados em ter mais soluções para o paciente. No entanto, não dá para brincar com a vida da pessoa. Isso só está acontecendo porque há um mercado e muitos interessados, mas a saúde é que precisa prevalecer.
— Marcelo Steiner, médico ginecologista e membro da Febrasgo.
?? Os chips que vinham sendo aplicados são, na verdade, feitos em farmácia de manipulação. O médico é quem determina a medida a ser implantada na paciente. Antes de ser aplicado, ele não é submetido a nenhum processo de checagem por qualquer órgão. A Anvisa fiscaliza as farmácias, mas não os produtos feitos por elas.
Antes da determinação, a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) abriu um espaço para notificações de casos adversos de forma voluntária para médicos. Em quase três meses, foram coletados 257 relatos de efeitos colaterais. A maioria envolvia casos de hipertensão, infarto, AVC, aumento nos níveis de colesterol e triglicérides.
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