Terça-feira, 23 de abril de 2024

Namorar alguém com diabetes eleva seu risco de ter a doença

23/11/2019 às 15h29 Redação

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Os pesquisadores chamaram essa influência de "agrupamento social" - que seria a crença de que quem vive no mesmo ambiente tende a compartilhar os mesmos hábitos alimentares e de atividades físicas. / Foto: Reprodução

Seu companheiro ou companheira tem diabetes? Então saiba que você tem maiores chances de desenvolver a mesma doença, de acordo com uma pesquisa canadense.

Segundo dados analisados por cientistas do McGill University Health Center, no Canadá, cônjuges de pessoas diagnosticadas com diabetes tipo 2 apresentam 26% mais riscos de ter a enfermidade ao longo da vida a dois.

A descoberta curiosa levanta um alerta sobre o que se conhece em relação à diabetes. Afinal, até o momento, acreditava-se que somente indivíduos com ligação biológica teriam um maior risco de adquirir a doença.

Diabetes entre casais

Para chegar ao resultado, o estudo canadense avaliou mais de 75 mil casais, sendo que a maioria tinha diagnóstico de pré-diabetes.

A conclusão foi que um parceiro tende a influenciar o outro de forma bastante significativa, especialmente no que diz respeito à adoção de hábitos. E esses hábitos podem ser bons ou ruins para a saúde.

Os pesquisadores chamaram essa influência de "agrupamento social" - que seria a crença de que quem vive no mesmo ambiente tende a compartilhar os mesmos hábitos alimentares e de atividades físicas.

Outro conceito abordado na pesquisa foi o de "acasalamento". Mas a expressão não se refere às relações sexuais, mas, sim, à ideia de que grande parte dos casais costumam ser formados por compatibilidade. Ou seja, pessoas que têm características em comum, incluindo os hábitos de alimentação.

Nesse contexto, os pesquisadores constataram que mesmo pessoas saudáveis, que se relacionam com pessoas diabéticas, acabam tendo mais chances de desenvolver a doença por conta do compartilhamento de hábitos - que também está ligado ao peso corporal de ambos.

Os estudiosos dizem que os resultados também podem ajudar os médicos a detectarem diabetes tipo 2 muito mais cedo em pessoas que podem não ter percebido que estavam em risco.

Marcio Krakaer, diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, da Regional São Paulo (SBEM-SP), afirma que, quando estamos em casal, "dividimos os mesmos hábitos, comendo errado, fazendo pouca atividade física e os dois estão engordando juntos. O ganho de peso é o maior causador da incidência de diabetes".

Prevenção da diabetes tipo 2

Quando um dos cônjuges apresentar diabetes tipo 2, os estudiosos recomendam que o outro se atente aos próprios hábitos. É preciso refletir sobre a alimentação, práticas de atividades físicas e atitudes que influenciam, direta ou indiretamente, na saúde.

Algumas dicas que podem auxiliar nessa prevenção são:

Reveja os próprios hábitos alimentares e como isso afeta o casal.

Converse com seu companheiro(a) e estabeleçam novas metas para uma vida a dois mais saudável.

Consulte um nutricionista ou nutrólogo para seguir uma dieta equilibrada.

Incentive a si mesmo(a) e ao seu parceiro(a) a praticarem exercícios físicos.

Evite o sedentarismo de ambos.

Combata hábitos não-saudáveis, como tabagismo, excesso de bebidas alcoólicas, uso de drogas ilícitas e noites mal dormidas.

Caso necessário (como em situações de compulsão alimentar), consulte um terapeuta. Não tenha medo de realizar psicoterapia, indicar ao seu cônjuge ou até mesmo fazer uma terapia de casal.

Mantenha total cuidado com a saúde bucal e incentive seu cônjuge a fazer o mesmo.

Beba bastante água diariamente.

Marcio diz que a recomendação é de, no mínimo, 150 minutos (1h30) de atividade física por semana, além da redução do consumo de alimentos ultraprocessados e/ou com açúcar refinado.

Beber bastante água e manter o convívio social também são ações essenciais para uma vida mais saudável contra a diabetes.

Aumento da diabetes

A Federação Internacional da Diabetes divulgou novos dados sobre a prevalência mundial da doença. Em termos globais, houve um aumento de 30 milhões de casos de diabetes em 2019 quando comparados a 2017.

O risco de desenvolvimento da doença também cresceu em cerca de 22 milhões de pessoas neste ano - sendo que, atualmente, há aproximadamente 463 milhões de cidadãos entre 20 e 79 anos com diabetes no mundo.

Como a patologia pode ser fatal, o diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para uma melhor qualidade de vida. Portanto, não deixe de procurar um médico e esteja sempre em dia com seus exames de rotina.

Riscos de diabetes

A diabetes tipo 2 é uma doença crônica que altera o modo como o corpo metaboliza a glicose, apresentando desregulação da entrada de açúcar nas células. Quando não tratada, a doença pode levar à morte.

Outras complicações possíveis da diabetes são:

Infarto

AVC

Hipertensão

Retinopatia diabética

Arteriosclerose

Nefropatia diabética

Neuropatia diabética

Pé diabético

Infecções

Problemas renais

Fonte: Minha Vida

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