Sexta-feira, 17 de maio de 2024

Neurite óptica: entenda a doença que afeta o ator Felipe Simas

Em um vídeo divulgado nas suas redes sociais na segunda-feira (29), o artista contou que descobriu a condição ao ficar com a visão turva e embaçada.

30/04/2024 às 11h23 Igor Azeredo

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Em um vídeo divulgado nas suas redes sociais na segunda-feira (29), o artista contou que descobriu a condição ao ficar com a visão turva e embaçada. / Foto: Reprodução/Redes Sociais

O diagnóstico de neurite óptica, revelado pelo ator Felipe Simas, é uma inflamação do nervo do olho e pode ser o sintoma inicial de uma doença autoimune rara que afeta o sistema nervoso central e pode comprometer a visão por completo.

Em um vídeo divulgado nas suas redes sociais na segunda-feira (29), o artista contou que descobriu a condição ao ficar com a visão turva e embaçada.

Hoje, vim compartilhar com vocês um momento que afetou nossas vidas de forma inesperada. Eu, Felipe Simas, fui diagnosticado e enfrentei a neurite óptica, uma condição que pode ser um dos primeiros sinais da doença do espectro da neuromielite óptica (NMOSD) — uma doença autoimune rara que afeta o sistema nervoso central, principalmente o nervo óptico e a medula espinhal.

O que é a neurite óptica

A neurite óptica é uma inflamação do nervo óptico e pode ser um indicativo de neuromielite óptica (NMOSD), doença autoimune que tem vários estágios.

A NMOSD faz com que o nosso organismo crie anticorpos contra a mielina.

A mielina é uma membrana formada por lipídios e proteínas. Ela fica no entorno dos axônios, que transmitem as informações dos neurônios para o cérebro. A principal função é acelerar os impulsos nervosos.

Com o ataque do próprio corpo, o resultado é uma inflamação que deixa o impulso nervoso mais lento ou até interrompido.

No caso da neurite óptica, o ataque ocorre no nervo óptico, afetando a visão da pessoa.

“Quando a mielina é destruída, o impulso fica ineficaz, causando danos neurológicos. No caso do nervo óptico, ela se manifesta com a visão borrada, dificuldade para ver o contraste entre as cores e até a perda de visão”, explica a médica neurocirurgiã Talita Sarti, da BP (Beneficência Portuguesa de São Paulo).

Além de atingir o nervo óptico, ela também pode afetar a medula. Nessa região, o ataque diminui os impulsos nervosos e o resultado é o formigamento dos membros (pernas e braços) e dificuldade motora.

Atenção: a doença tem semelhanças com a esclerose múltipla, que também é uma doença autoimune que atinge o sistema nervoso, mas age de forma diferente.

“A esclerose múltipla pode pegar também o nervo óptico e a medula, como a neurite, mas ela atinge predominantemente o cérebro. Além disso, ela não tem esses anticorpos como agressores na doença. É uma doença também autoimune, mas com outra forma de agressão”, explica o neurologista José Renato Bauab, médico do Hospital Sírio Libanês.

Sintomas

A manifestação mais comum da neuromielite óptica é a visão afetada. Em geral, os danos são reversíveis. Ou seja, a pessoa volta a enxergar, mas pode levar até três meses de tratamento, que, em geral, é feito com corticoides.

Apesar disso, os médicos alertam que há casos de danos irreversíveis e, por isso, é preciso procurar um médico oftalmologista ou neurologista aos primeiros sinais, como borrão na vista, visão turva e dor nos olhos.

“O importante é buscar ajuda médica porque a neurite, que é essa inflamação, pode ser indício da doença autoimune neuromielite. Com isso, a pessoa pode ter manifestações de perda de visão e de movimento ao longo da vida”, alerta a médica Talita Sarti.

Tratamento

O neurologista José Renato Bauab explica que, nesses casos, é preciso tratamento com medicamentos que diminuam o ataque à membrana.

O tratamento é feito com medicamentos que controlam esse ataque. Ou seja, que controlam o sistema imunológico. Com isso, diminui um pouco a imunidade do paciente.

— José Renato Bauab, neurologista

Os médicos ainda explicam que ela é mais comum durante a fase adulta, a partir dos 20 anos e em mulheres— que têm predisposição maior a doenças autoimunes.

Fonte: g1

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