Novembro Azul reforça a importância do diagnóstico precoce e combate ao preconceito que ainda afasta muitos homens dos exames de rotina.

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens no Brasil, com cerca de 29% dos casos, ficando atrás apenas do câncer de pele. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), mais de 70 mil novos diagnósticos foram estimados apenas em 2023. Apesar da alta incidência, a doença pode ser tratada e curada quando descoberta no início.

O que observar: sintomas e sinais de alerta

Nos estágios iniciais, o câncer de próstata geralmente não apresenta sintomas. Quando surgem, costumam estar relacionados ao sistema urinário, como dificuldade para urinar, jato fraco ou interrompido, demora para iniciar ou terminar, necessidade de urinar com mais frequência, presença de sangue na urina ou dor ao urinar. Em fases mais avançadas, pode haver dor óssea, perda de peso e fraqueza.

Como é feito o diagnóstico

A investigação médica é realizada por meio de exames clínicos e laboratoriais. O mais conhecido é o exame de PSA, que mede o antígeno prostático específico no sangue. Outro método é o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar o tamanho, a forma e a textura da próstata. Embora ainda cercado por preconceito, o exame é rápido, seguro e essencial para o diagnóstico precoce.

Caso sejam encontradas alterações, o médico pode solicitar uma biópsia da próstata. O material coletado é analisado em laboratório para confirmar ou descartar a presença de células cancerígenas.

Tratamentos disponíveis

Quando o câncer está restrito à próstata, o tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia ou observação em casos de baixo risco. Se o tumor estiver mais avançado, podem ser combinadas terapias hormonais e radioterápicas. Nos casos de metástase, o tratamento hormonal é utilizado para reduzir a produção de testosterona, hormônio que estimula o crescimento das células cancerígenas.

A escolha do tratamento depende da extensão da doença, do estado de saúde do paciente e das características do tumor.

Fatores de risco e formas de prevenção

O risco de desenvolver câncer de próstata aumenta com a idade, principalmente após os 55 anos. Homens com histórico familiar da doença antes dos 60 anos e aqueles com obesidade também apresentam maior vulnerabilidade.

Para reduzir os riscos, o Inca recomenda manter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além de manter o peso corporal adequado.

Quebrar o tabu salva vidas

O preconceito e o constrangimento ainda impedem muitos homens de procurar um médico. Campanhas como o Novembro Azul lembram que o cuidado com a saúde é uma atitude de responsabilidade e amor-próprio. Consultar um urologista regularmente é fundamental, especialmente para quem tem mais de 50 anos, ou 45 se houver casos na família.

Procure seu médico

Diagnosticar o câncer de próstata cedo faz toda a diferença. Quando identificado em estágio inicial, as chances de cura ultrapassam 90%. Novembro Azul é mais do que uma campanha: é um chamado à prevenção e ao cuidado com a vida.