No verão, receber o diagnóstico de virose é mais comum do que a gente imagina. Isso porque as altas temperaturas e a superlotação das praias podem contribuir para a proliferação de vírus transmitidos pela água e para a contaminação de alimentos, que podem desencadear a chamada gastroenterocolite aguda (GECA).
O problema nada mais é do que uma inflamação que afeta o estômago, o intestino delgado e o intestino grosso, levando aos recorrentes casos de diarreia, que podem ser acompanhados também por vômito e outros sintomas. Mas cuidados simples podem fazer toda a diferença – tanto na prevenção, quanto no tratamento.
Os vírus são os agentes que mais infectam as pessoas e eles podem atingir qualquer órgão. Os mais comuns alcançam as vias respiratórias e a região gastrointestinal. Vale destacar que não existe medicação específica contra a maioria dos vírus, mas há antiviral contra influenza e herpes, por exemplo.
No verão, as viroses gastrointestinais são mais comuns e causadas por vírus como rotavírus, norovírus, astrovírus e adenovírus. Para estes, não existe antiviral, só tratamento de suporte e controle, com hidratação oral ou venosa e medicamentos para a febre, enjoo e vômito.
Tanto essas viroses quanto parasitas e intoxicações alimentares por bactérias podem causar a gastroenterocolite aguda, que pode ter como principais sintomas:
Diarreia
Enjoo
Vômito
Náuseas
Mal-estar
Febre (em alguns casos)
Desidratação (no caso de diarreia)
Entre os sinais de desidratação, estão: olho seco, boca seca com pouca saliva, pele murcha, diminuição da quantidade de urina, desânimo e fraqueza. No caso de bebês, há ainda o sintoma da moleira funda. Crianças de menos de 5 anos e idosos são mais vulneráveis para a desidratação.
As viroses podem ser transmitidas em geral por:
Água contaminada por rede de esgoto – mais comum no verão, quando ocorrem mais chuvas
Mãos contaminadas
Saliva
“O rotavírus representa cerca de 60% dos agentes causadores das diarreias, mas nós temos também outros vírus, como norovírus, astrovírus e adenovírus, que também podem afetar a água, os alimentos e ser transmitida de pessoa para pessoa, levando ao quadro de vômito e diarreia”, explica a infectologista da Unicamp e consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia Raquel Stucchi.
?? Atenção: quadros de intoxicação alimentar têm sintomas parecidos com o das viroses intestinais e são mais comuns no verão, quando é mais difícil manter a temperatura adequada para alimentos mais perecíveis, como peixes, frutos do mar, maioneses e saladas. Algumas infecções bacterianas podem levar a diarreia com sangue, catarro e muco.
O tratamento contra viroses gastrointestinais inclui:
Hidratação, inicialmente oral, com água, água de coco e soro, que contém também sais minerais, como potássio, cloro e sódio (quando o indivíduo não consegue repor os líquidos por via oral, pode ser necessária a hidratação venosa, em unidade de saúde).
? *O soro pode ser distribuído gratuitamente pelo SUS e precisa ser tomado várias vezes ao dia, de pouco em pouco. Ele também pode ser feito em casa: para 1 litro de água, mistura-se uma colher de café de sal e uma colher de sopa de açúcar.
Alimentação leve, de preferência com alimentos de fácil digestão, como frango desfiado com pouco tempero, batata cozia, cenoura cozida e frutas sem casca (como maçã e pera).
No caso de bebês que ainda mamam no peite, o leite materno deve ser oferecido em abundância.
Suspensão do leite de vaca temporariamente. Isso porque, nos quadros de diarreia, o indivíduo perde a enzima que fica na superfície do intestino chamada lactase. E a lactose (açúcar do leite) fermenta no intestino, piorando a diarreia.
Medicação para controle de vômito a ser prescrito por um médico
Probióticos para regulação da flora intestinal ou iogurte natural
Stucchi destaca que a hidratação é o pilar dos quadros de diarreia aguda e que é importante manter o soro caseiro e outros líquidos para hidratação na geladeira e ingeri-los bem gelados para evitar enjoo, náuseas e vômitos.
Para prevenir as viroses gastrointestinais, é importante:
Lavar constantemente as mãos com água e sabão, principalmente antes de manusear alimentos e após usar o banheiro ou após trocar as fraldas de bebês
Lavar sempre os alimentos crus, como frutas e vegetais
Beber água filtrada, mineral e ou fervida
Se atentar sempre com os prazos de validade dos alimentos e a temperatura de armazenamento dos mesmos
Fechar a tampa do vaso sanitário ao dar descarga para evitar que possíveis vírus contidos das fezes contaminem o ar do banheiro
Usar máscaras ao trocar as fraldas de bebês com diarreia
Evitar grandes aglomerações em regiões litorâneas em alta temporada
“Se deslocar para áreas litorâneas de grande aglomeração é um fator de risco para a diarreia. Então, deve-se beber sempre bastante água, já levar no kit viagem uma medicação para febre, vômitos e náuseas, porque isso pode já ser iniciado quando houver os primeiros sintomas sem necessitar procurar um atendimento presencial. Caso o quadro não melhore em três dias ou venha a piorar neste período, é importante um atendimento presencial”, afirma Stucchi.
A água contaminada também pode causar doenças como hepatite A leptospirose e giardíase entre outras doenças.
Vela destacar que antibióticos não matam vírus e a prescrição deles até existe quando o quadro se prolonga e por mais de cinco ou seis dias ou se existir manifestações clínicas diferentes dessas comuns dos quadros de diarreia, acrescenta a médica.
Além das viroses gastrointestinais, no período de verão também é preciso ficar atento aos vírus da dengue (1, 2, 3 e 4), chikungunya e zika vírus, por conta do aumento do calor e das chuvas, alerta o pediatra, infectologista e coordenador do Comitê Materno infantil da Sociedade Brasileira de Infectologia Marcelo Otsuka.
Já as viroses respiratórias surgem com mais frequência no inverno e, para a maioria delas, há tratamento de controle, com fisioterapia respiratória, oxigenoterapia, higiene nasal, inalação e até ventilação assistida. Elas podem causar otites, amigdalites, rinite, laringite e até pneumonia viral.
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