Sábado, 04 de maio de 2024

Três suspeitos são indiciados por homicídio de advogado morto

25/04/2024 às 06h29 Redação

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Rodrigo Marinho Crespo foi executado com 18 tiros, na Avenida Marechal Câmara a poucos metros da sede da Ordem dos Advogados do Brasil / Foto: Reprodução

Suspeitos de participação na morte do advogado Rodrigo Marinho Crespo, executado no dia 26 de março, no Centro do Rio, Cezar Daniel Mondego de Souza, Eduardo Sobreira Moraes, e o cabo PM Leandro Machado da Silva foram indiciados por homicídios. A Polícia Civil também pediu a prisão preventiva dos acusados. Os três já estão presos temporariamente. O advogado foi assassinado na Avenida Marechal Câmara, próximo às sedes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Ministério Público e da Defensoria Pública. Ele foi executado a tiros à queima-roupa, com pelo menos 18 disparos. A vítima não teve chance de defesa quando o executor, após horas de monitoramento, desceu de um carro e fez os disparos.

Segundo as investigações, os três participaram do monitoramento da vítima e se encontraram antes e depois do crime. Um deles ainda forneceu o carro utilizado no dia do homicídio. No decorrer da investigação, foram realizadas ainda outras diligências. Após as prisões, a Delegacia de Homicídios da Capital cumpriu mandados de busca e apreensão contra outras pessoas investigadas.

A Polícia Civil informou que outros suspeitos são investigados. O inquérito foi desmembrado, a fim de identificar e responsabilizar criminalmente os demais envolvidos na morte do advogado.

Quem são os suspeitos?

Três suspeitos de envolvimento no crime foram presos, nesta terça-feira. Cezar Daniel Mondego de Souza, que até não estava citado no processo, foi encontrado por equipes da Polícia Civil durante a operação para cumprir o mandado de prisão contra ele.

Na manhã do mesmo dia, o cabo PM Leandro Machado da Silva se entregou ao compareceu na sede da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

Ainda na tarde de terça-feira, Eduardo Sobreira Moraes também se entregou na sede da DHC. Ele e Leandro foram alvos da operação um dia antes pela morte do advogado, e, até se entregarem, eram considerados foragidos.

Quem era o advogado?

Formado pela PUC-RJ em 2005, fez especialização em sua área de atuação na Fundação Getúlio Vargas (FGV). Numa rede social, ele escreveu que costumava falar sobre a “regulamentação do mercado brasileiro de jogos lotéricos e registro de apostas. No site do Tribunal de Justiça, ele aparece contratado em processos diversos, principalmente nas áreas de direito imobiliário e do consumidor.

Segundo a investigação, qual era o papel de cada um dos suspeitos presos?

Cezar Daniel e Eduardo participaram do monitoramento do advogado. Segundo a polícia, Crespo foi monitorado pelo menos três dias antes do crime e horas antes da execução. O carro que seguiu a vítima de casa até o escritório e ficou parado por cerca de três horas era dirigido por Eduardo.

Segundo a polícia, Leandro foi o responsável por coordenar toda a logística do crime, como encontrar os dois carros usados para monitoramento e para a execução.

A vítima teve os passos seguidos antes de ser morta?

De acordo com as investigações, o advogado foi monitorado três dias antes do crime. Ele também foi seguido no dia da execução.

Quantos carros foram usados no crime?

Por meio de análise de câmeras de segurança, a polícia identificou que os envolvidos na execução usaram dois carros iguais, em modelo — Gol — e cor — branca. O primeiro foi usado no monitoramento e, segundo as investigações, era dirigido por Eduardo no dia do crime. O veículo seguiu Crespo desde o momento em que deixou a casa onde morava até o escritório, no Centro da cidade. O advogado estava em um carro de aplicativo, e chegou ao destino às 11h11.

Gol branco ficou parado na Avenida Marechal Câmara até 14h27. Neste momento, foi substituído pelo outro veículo, onde estava o assassino. O segundo veículo ficou no local até o momento do crime, por volta das 17h15. Após os disparos, o executor fugiu no carro.

Abaixo, o que ainda falta ser esclarecido nas investigações:

Quem são os executores do crime?

Câmeras de segurança flagraram um homem encapuzado descendo de um Gol branco para, em seguida, disparar tiros de pistola contra o advogado. Logo após o crime, ele embarca no carro, e o motorista dá a partida no veículo. A polícia tenta identificar os dois suspeitos.

Qual a motivação exata do homicídio?

Testemunhas relataram em depoimentos que o advogado estudava trabalhar para clientes vinculados com jogos de cassino on-line. A polícia tenta saber se isso está ou não relacionado com o assassinato

A execução teve mandante ( s)? Em caso positivo, quem teria ordenado a morte?

Ainda não se sabe. A investigação da DHC tenta identificar executores e possível mandante.

A contravenção está ligada ao assassinato?

Segundo a investigação, o PM Leandro Machado da Silva trabalhava na segurança de Vinícius Drummond, filho do falecido bicheiro Luizinho Drummond, patrono da Imperatriz Leopoldinense. Em nota, a defesa de Vinícius afirma que “nunca, jamais, em tempo algum manteve vínculo, seja profissional ou pessoal”.

Onde está o carro usado pelo homem que desceu do automóvel para executar o advogado?

A polícia identificou dois carros clonados e tenta apreender o veículo usado no assassinato. Já o veículo usado para o monitoramento foi encontrado em Maricá, na Região dos Lagos, cinco dias depois do crime.

 

Fonte: Extra

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