A V.Tal, empresa de infraestrutura digital controlada pelo BTG, elevou o tom e enviou uma notificação extrajudicial ao Bastidor acusando o veículo de divulgar informações sigilosas sobre sua atuação no processo de recuperação judicial da Oi. A iniciativa acontece no momento em que o caso atinge seu ponto mais sensível desde que a operadora entrou em colapso financeiro e voltou a chamar atenção para o peso político e econômico do banco de André Esteves no setor de telecomunicações.
Na prática, a notificação exige a remoção de reportagens, proíbe futuras publicações sem autorização e cobra confirmação por escrito do cumprimento das determinações. O movimento foi interpretado por profissionais do setor como uma tentativa direta de pressionar o jornalismo e restringir a divulgação de informações de interesse público, especialmente em um processo que envolve bilhões de reais, decisões judiciais complexas e a maior rede de fibra ótica do país.
As reportagens contestadas detalharam como, entre 2021 e 2025, o BTG estruturou operações que transferiram à V.Tal o controle da infraestrutura da Oi por um valor muito inferior ao que a rede valia no mercado. Segundo os documentos citados, a operadora passou a depender permanentemente da empresa controlada pelo banco, presa a contratos de longo prazo que consomem seu caixa e limitam sua capacidade de competir. Oi virou inquilina de sua própria rede e paga mensalmente para usar a estrutura que construiu ao longo de décadas.
A ofensiva jurídica da V.Tal ocorre justamente após a juíza Simone Gastesi Chevrand, da 7ª Vara Empresarial do Rio, decretar a falência da Oi e bloquear o caixa restrito destinado a repasses prioritários para a empresa de infraestrutura. A Justiça identificou forte simbiose entre Oi e V.Tal e levantou a possibilidade de reconhecimento de grupo econômico, o que teria impacto direto na extensão da falência e em futuras investigações patrimoniais.
No mesmo dia da escalada jurídica, a desembargadora Mônica Maria Costa suspendeu provisoriamente a falência da Oi e manteve o processo de recuperação judicial. A decisão foi comemorada por credores como o Itaú e abriu uma nova frente de disputa no caso, agora marcado por pressões, narrativas conflitantes e tentativas de controle sobre informações sensíveis.
A reação do Bastidor foi imediata. A direção do site classificou a notificação como um disparate e reiterou que as reportagens estão corretas, fundamentadas e cumprem função essencial em um país onde o acesso à informação independente é frequentemente colocado à prova.
O episódio expõe a tensão entre o poder financeiro de gigantes do mercado e o trabalho da imprensa em temas estruturais para a economia brasileira. Em meio a uma crise que envolve bilhões, decisões judiciais contraditórias e acusações cruzadas, o esforço para limitar a atuação do jornalismo só reforça a necessidade de transparência e vigilância pública no caso Oi.
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