Quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Deficientes visuais superam as dificuldades com a música em Campos

09/10/2019 às 15h49

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Eles têm chamado a atenção do público por onde passam, não só pelo esforço de aprender, mas também pela qualidade da música que produzem. / Foto: Ascom

A melodia é um caminho para afastar o preconceito e melhorar a autoestima de crianças e jovens com deficiência visual. O projeto banda Sem Limites, do Serviço de Assistência São José Operário – Educandário para Cegos – proporciona autonomia a oito assistidos da instituição, sendo dois com baixa visão; todos entre 17 e 27 anos. Eles contam os ensinamentos dos músicos: Anderson Belmiro e Laís Santos. Eles têm chamado a atenção do público por onde passam, não só pelo esforço de aprender, mas também pela qualidade da música que produzem.

Através da música, os assistidos conseguem ter a sensação de liberdade, autoestima e motivação. Quem canta e/ou toca, sente-se diferente e, às vezes, não sabe o porquê, mas foi exatamente porque cantou e/ou tocou uma canção. Na banda, todos os componentes se expressam através da música, mesmo que seja algo ensaiado, não importa, é algo que vem de dentro para fora, isso é libertador.  Também ajuda na comunicação, na forma de expressar. A música tem o poder de dizer: “eu não sou um inútil, eu sei fazer alguma coisa”.
 
Para Jean Carlos, percussionista da banda há dois anos, o projeto lhe trouxe vida. “Quando perdi a visão achei que o mundo havia acabado, mas descobri que não é assim, a felicidade é real. Pensei que nunca fosse ser capaz de aprender mais nada, porém aconteceu o contrário; hoje sou um dos vocalistas do grupo, ainda toco tamborim e meia lua. Os problemas desaparecem quando estou ensaiando ou até mesmo apresentando com o grupo. Sinto imensa alegria, pois faço o que amo. A banda mudou a minha vida”, declarou.

História:
 
O Projeto Banda Sem Limites foi fundando no ano de 2010 por um cego, o qual era aluno da instituição e, posteriormente, tornou-se professor. O projeto começou a partir do momento em que o Alcemir viu nos usuários um grandioso talento para a música e manuseio dos instrumentos de percussão. Hoje, ele não atua mais na casa, porém o seu irmão segue seus passos a frente do projeto. 

Fonte: Ascom

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