Em entrevista exclusiva ao programa Encontro da Rede Globo nesta quarta-feira (13), Lara Aquino, irmã de Carlos Eduardo Aquino, estudante de medicina de Campos, acusado de matar a própria mãe, fez seu primeiro pronunciamento público sobre o caso. A jovem detalhou os anos de violência doméstica que a família sofreu, com agressões físicas e psicológicas constantes por parte de Carlos Eduardo.
"Ele é oito anos mais velho que eu, quando tudo isso começou eu ainda era uma criança. O meu pai sempre trabalhou como representante farmacêutico, então ele viajava e passava dois, três dias fora de casa. Com isso, ele sempre se aproveitou que estava sozinho comigo e com a minha mãe. Ele tentava tirar as coisas dela, falava de forma grotesca. E qualquer não que ele ouvia já era motivo pra uma agressão", relatou Lara. A jovem descreveu como a violência escalou, atingindo não apenas a mãe, mas também a ela mesma. "Eu sempre entrava em conflito com ele. Eu defendia a minha mãe, entrava na frente. Então, ele começou a me agredir. Porque eu via o que ele fazia, e eu não conseguia ficar quieta", disse.
Lara também detalhou as diversas tentativas de denunciar o irmão à polícia. "Eu me lembro de com 10, 11 anos de idade já ia a delegacia sozinha, desesperada, chorando, pedindo ajuda", afirmou. No entanto, segundo ela, sempre se deparou com uma série de obstáculos e respostas evasivas por parte das autoridades. "Hoje não, mas eu fui agredida tal dia, hoje ele agrediu a minha mãe, então somente a sua mãe pode prestar ocorrência, essa era a resposta dos policiais", contou.
A mãe de Lara, segundo a jovem, vivia em constante medo e era refém da violência. "Ela era mãe, ela tinha esperança que ele fosse melhorar, ela tinha muito amor pelo filho, você imagina você gerar uma criança, você cuidar, você criar, e ao passar do tempo esse amor se transformou num medo", disse Lara. A jovem também revelou que, em uma das diversas agressões, os policiais foram chamados à casa da família e presenciaram as marcas da violência em seu corpo. No entanto, ela conta que chegou a sofrer assédio por parte dos policiais neste dia, e o irmão foi liberado e a situação não foi resolvida.
Diante da falta de solução das autoridades, Lara decidiu gravar vídeos e áudios expondo a situação. "Depois de recorrer à delegacia, depois de recorrer à justiça, depois de tentar inúmeras vezes, a minha opção era expor na internet", explicou. A jovem justificou sua decisão afirmando que a violência era constante e que o irmão se tornava cada vez mais agressivo e imprevisível. "Ele quebrava tudo que tinha pela frente, ele falava que enfrentava qualquer um", contou.
Lara também confirmou que o irmão era usuário de drogas pesadas e que a violência se intensificou após o início do vício. "As drogas só deram mais coragem pra ele fazer o que ele, na verdade, sempre foi capaz de fazer", afirmou.
A jovem concluiu a entrevista falando sobre o impacto emocional do ocorrido e sobre a importância de denunciar a violência doméstica. "Eu gostaria muito de pontuar essa questão das mulheres, porque o que a minha mãe não teve, eu preciso que vocês que estejam nos ouvindo tenham. Que é coragem, não se calem e mesmo que vocês não consigam falar, vocês não são culpadas", disse Lara
O site Ururau entrou em contato com a Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam) para esclarecimentos em relação a postura dos policiais relatada por Lara, mas não obteve retorno até o momento.
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