A cobertura da megaoperação policial no Rio de Janeiro continua expondo o lado mais frágil e perigoso do jornalismo apressado: a falta de checagem. Mesmo após o site Ururau comprovar que os mortos na ação eram naturais de Cabo Frio, e não de Campos dos Goytacazes, diversos veículos continuam repetindo o erro, reproduzindo informações falsas e não verificadas.
Segundo o levantamento do portal, os nomes citados, Kauã Teixeira dos Santos e Marcos Adriano Azevedo de Almeida (conhecido como Beiço), nasceram em Cabo Frio, na Região dos Lagos. Apesar de terem passagem por Campos, a naturalidade deles está registrada oficialmente em outro município. Ainda assim, parte da imprensa insiste em associar o episódio à cidade campista, em uma tentativa apressada de encaixar narrativas sem base documental.
O erro não é apenas técnico. É ético. Repetir informações erradas sem confirmação documental é o oposto do jornalismo. É boato com crachá.
Pior ainda, a falsa vinculação territorial gera impacto direto na reputação de cidades e famílias, além de alimentar discursos políticos e sociais baseados em desinformação.
Casos semelhantes têm ocorrido em outras regiões. Em Vitória da Conquista (BA), por exemplo, o motorista Wiliam Pinheiro Moura foi citado por engano como integrante de facção criminosa após operação no Rio. A divulgação precipitada resultou em ameaças e constrangimento público, evidenciando como o erro jornalístico pode ter consequências reais e irreversíveis.
É sintomático que parte da mídia brasileira ainda confunda velocidade com precisão, trocando o rigor da apuração pelo imediatismo do clique.
Em tempos de desinformação, a checagem é o que separa o jornalismo do ruído. E cada vez mais redações parecem esquecer disso.
A cobertura responsável exige mais que manchetes. Exige documentos, cruzamento de dados e respeito à verdade factual.
Repercutir sem checar é repetir o erro. Repetir o erro é trair o leitor.

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