Quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Maior ataque hacker do Brasil partiu de hotel de luxo a 1 km do Alvorada

Ataque milionário foi coordenado de quarto em hotel cinco estrelas de Brasília

30/10/2025 às 18h17 30/10/2025 às 18h17 Redação Ururau

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PF prende suspeitos de desviar mais de R$ 800 milhões de bancos e empresas ligadas ao PIX / Foto: Reprodução/ Policia Federal

O maior ataque hacker já registrado no sistema financeiro brasileiro foi comandado de dentro de um quarto do hotel Royal Tulip, em Brasília, localizado a menos de um quilômetro do Palácio da Alvorada. A ação, realizada em 30 de junho, resultou no desvio de R$ 813 milhões de instituições financeiras conectadas ao sistema do PIX.

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (30) a segunda fase da Operação Magna Fraus, que investiga o grupo responsável. Foram cumpridos 26 mandados de prisão e 42 de busca e apreensão no Distrito Federal e em seis estados. Ao menos 12 pessoas foram presas no Brasil e outras sete no exterior, com o apoio da Interpol — seis na Espanha e uma na Argentina.

Os criminosos usaram credenciais internas para acessar sistemas bancários. Segundo as investigações, um funcionário da empresa C&M, responsável por integrar bancos menores à rede do Banco Central, vendeu senhas aos hackers. O colaborador foi preso poucos dias após o golpe.

O dinheiro desviado saiu de contas operacionais de bancos e instituições de pagamento, utilizadas para processar transferências de clientes via PIX. O Banco Central informou que o ataque não atingiu o sistema PIX diretamente e que nenhum cliente teve saldo comprometido.

Durante a operação, a PF apreendeu veículos de luxo, joias, relógios, armas, munições e cerca de R$ 1 milhão em criptomoedas. Parte da quadrilha tentou fugir logo após o ataque: alguns integrantes viajaram para a Europa e outros fretaram um avião com destino à Argentina.

Os investigados responderão por organização criminosa, invasão de sistema informático, furto eletrônico e lavagem de dinheiro. As autoridades acreditam que os responsáveis formavam uma rede sofisticada de cibercrime, com ramificações em diversos países.

O caso expõe a vulnerabilidade de empresas intermediárias do sistema financeiro e reacende o debate sobre segurança digital no Brasil, especialmente em tempos de crescente dependência das transações via PIX.

Fonte: Redação

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