Domingo, 12 de outubro de 2025

Investigação da PF aponta que metade da Alerj tem ligação com facções e milícias no Rio

Investigações da PF revelam influência de milícias e tráfico na Alerj

10/10/2025 às 09h56 Redação Ururau

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PF aponta crime infiltrado na Alerj e alerta para corrupção / Foto: Reprodução

Dados levantados pela Polícia Federal, com base nas investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, apontam que pelo menos metade dos deputados da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) tem ligação com o crime organizado, sejam as milícias ou os traficantes.

Não por acaso, muitos policiais se referem à Assembleia do Rio como “a casa institucionalizada do crime”, onde as leis são feitas para atender, sobretudo, aos interesses das organizações comandadas por bandidos. “As demandas da população em geral ficam em quinto plano, pois não rendem dinheiro”, diz um agente que mergulhou no assunto.

indícios claros de que os gabinetes de deputados de todos os espectros políticos contam com representantes do crime organizado. São pessoas indicadas pelas milícias e pelo tráfico para acompanhar projetos de interesse desses grupos e, principalmente, para barrar propostas que possam prejudicar seus negócios. Essas pessoas também são usadas para intimidar adversários.

Para mapear todo o esquema criminoso dentro da Alerj, os policiais vêm cruzando informações colhidas durante as investigações do caso Marielle com processos encalhados ou “esquecidos”. Com isso, acreditam que terão condições de, muito em breve, desarticular parte dos esquemas que aterrorizam a população do Rio.

É da Alerj que as organizações criminosas se espalham por órgãos dos governos estadual, municipal e do Judiciário. “Está tudo muito ramificado, por isso, não há interesse em nenhuma das pontas de que investigações andem”, ressalta um segundo policial. “O que temos visto é que há muito, mas muito dinheiro em jogo, com corrupção disseminada”, acrescenta.

Para a Polícia Federal, será preciso empenho grande do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Ministério da Justiça para que, realmente, se chegue a uma parcela dos agentes públicos que se aliaram ao crime organizado. “Sabemos que não será possível acabar com todos os esquemas. Mas temos condições de chegar a algumas cabeças coroadas dessas organizações”, complementa um terceiro policial.

Fonte: Redação

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